Um estudo da consultoria Accenture aponta que o crescimento do interesse de consumidores e empresas no metaverso pode fazer com que as receitas geradas nesses ambientes virtuais movimentem algo em torno de US$ 1 trilhão até o fim de 2025.
Feito com 9 mil entrevistados, o estudo divulgado na primeira semana do ano aponta que, pelo menos, 55% dos consumidores já utilizam o metaverso. A expectativa é a de que o percentual atinja 90% no próximo ano. Entre as demandas dos usuários estão uma variedade maior de aplicações e a oferta de interfaces mais simples.
Um ponto que chama a atenção no levantamento é que 55% dos respondentes consideram que metaverso pode ser um ambiente para a criação e a monetização de conteúdo.
Neste contexto, vale lembrar que algumas celebridades brasileiras já estão surfando esta onda. A apresentadora Sabrina Sato e o influenciador digital Lucas Rangel são alguns que já estão explorando a tecnologia com avatares digitais. Empresas como Coca-Cola, Renner e O Boticário também já se aproximaram da tecnologia.
Além da criação de conteúdo, o metaverso também é visto por 70% dos usuários como uma porta de acesso para produtos e serviços de entretenimento, fitness, varejo, turismo e saúde. Em setembro do ano passado, o Walmart começou a apostar no metaverso ao oferecer experiências virtuais dentro da plataforma Roblox.
Por outro lado, apenas 4% dos respondentes enxergam o ambiente virtual como uma plataforma para jogos. Investida pela Iporanga Ventures, a produtora brasileira Prota Games anunciou no ano passado que estava desenvolvendo um jogo que explorava ativamente a nova tecnologia e criptoativos, como NFTs.
“Empresas capazes de oferecer experiências tangíveis que atendem às necessidades do consumidor em áreas de interesse terão vantagens pioneiras em uma indústria de rápida formação”, escreveu Kevan Yalowitz, líder de prática da indústria de software e plataformas da Accenture.
Entre as gigantes que estão apostando no metaverso, o principal destaque é a Meta – que inclusive adotou este novo nome para focar em novos projetos e ir além das redes sociais como Facebook e Instagram. No entanto, as ambições de Mark Zuckerberg neste sentido enfrentam alguns obstáculos.
Nos últimos meses, investidores passaram a pressionar a gigante de Menlo Park pela insistência em projetos voltados para o metaverso. A companhia investe cerca de US$ 10 bilhões por ano na iniciativa.