Na nova era ambiental, nenhum tema ganhou tanta relevância nos últimos anos quanto a sustentabilidade. A adoção de novas tecnologias, a gestão responsável dos recursos naturais e a busca permanente pelo equilíbrio entre produção e preservação tornaram a agenda ESG um caminho sem volta.
A indústria financeira está atenta à nova revolução verde. Cada vez mais, os bancos buscam apoiar projetos que, de alguma forma, minimizarão os impactos ao meio ambiente, seja investindo em títulos sustentáveis, coordenando operações vinculadas à temática ESG ou viabilizando programas de infraestrutura, entre outras iniciativas.
Atenta a essa premissa, a publicação americana Global Finance, uma das principais referências da indústria financeira global, acaba de realizar a terceira edição do prêmio Global Finance Sustainable Finance Awards 2023.
O Bradesco BBI venceu em quatro categorias diferentes, o que o coloca na liderança de uma agenda que está moldando o futuro dos negócios.
O BBI ergueu troféus nas categorias “Financiamento de Infraestrutura Sustentável”, “Project Finance Sustentável”, “Títulos Verdes” e “Títulos Vinculados à Transição/Sustentabilidade”.
“O prêmio reforça o nosso compromisso com a agenda ESG”, afirma Felipe Thut, managing director e head do Bradesco BBI. “Adotamos uma série de iniciativas voltadas para a sustentabilidade que trouxeram resultados muito positivos para o banco.”
De fato, o BBI antecipou-se a um movimento que inevitavelmente mudaria o jeito de fazer negócios. No início de 2022, por exemplo, o banco criou uma célula dedicada exclusivamente à temática ESG, liderada por Caio Andrade Cesar.
“O prêmio reforça o nosso compromisso com a agenda ESG”, afirma Felipe Thut, managing director e head do Bradesco BBI
O interessante é que o núcleo passou a contar com profissionais de perfis diversos, tanto especializados no mercado de capitais quanto em assuntos afeitos à questão da sustentabilidade.
“O time possui de engenheiro ambiental a pessoas que estão há muitos anos trabalhando na indústria financeira”, reforça Marina Milanez Marchesan Rodrigues, head de renda fixa local do Bradesco BBI.
Isso é pouco comum no mercado e certamente chamou a atenção dos especialistas da Global Finance. O perfil abrangente permite a troca de conhecimentos e favorece a identificação de oportunidades – e, no final, assegura uma vantagem competitiva para o BBI.
A criação da célula ESG também resultou na maior proximidade com os clientes. Ao longo de 2022, a área realizou eventos em cidades como São Paulo, Ribeirão Preto, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Nessas ocasiões, os participantes tiveram a chance de conhecer com maior profundidade as tendências e desafios ligados à pauta da sustentabilidade.
“Esse é um ponto muito importante”, diz Thut. “O ESG está em evidência e interessa a um número cada vez maior de pessoas, mas notamos ainda um certo desconhecimento. Por isso investimos na realização de eventos e encontros com nossos clientes.”
Nesse contexto, o BBI decidiu realizar também um trabalho educativo, conduzido em parceria com o time de Sustentabilidade do Bradesco. Foram produzidos conteúdos internos sobre a temática ESG para os times comerciais e também para o público externo, publicados no canal do banco no YouTube.
“Todas essas iniciativas contribuíram para aproximar ainda mais o banco de seus clientes ou potenciais clientes e originar transações que culminaram na conquista dos prêmios”, resume Caio Cesar.
Diversas operações realizadas pelo Bradesco BBI e ligadas de alguma forma à questão da sustentabilidade comprovam a força do banco no segmento.
No final do ano passado, o banco foi o coordenador líder da emissão de debêntures verdes da Scala Data Center, que somou R$ 2 bilhões.
A operação foi a primeira do gênero no setor de data centers do País e ocorreu após a empresa se comprometer a construir ativos alinhados a critérios de sustentabilidade, como energia renovável e eficiência energética.
Na mesma área de negócios, destacou-se a emissão de um Sustainability-Linked Bond (SLB) para a Elea Digital, outra companhia de data center. O BBI atuou como líder da operação de R$ 200 milhões.
No jargão financeiro, os SLBs são instrumentos de dívida que têm por objetivo fazer com que o emissor se comprometa a cumprir metas ESG.
Em outubro do ano passado, o banco também liderou uma operação desse tipo que permitiu à Energisa levantar R$ 750 milhões. Essa foi a primeira emissão de um SLB no setor de energia no Brasil.
Os exemplos se sucedem. Também em outubro, o banco coordenou a emissão de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) para a Oakberry, rede especializada na comercialização de açaí.
Os R$ 50 milhões levantados na oferta serão destinados à compra da fruta in natura de cooperativas e ribeirinhos da região amazônica que adotam práticas de manejo sustentável.
Na apresentação dos prêmios, a Global Finance destacou o firme compromisso do Bradesco com a agenda ESG. O banco planeja mobilizar R$ 250 bilhões em finanças sustentáveis até 2025, sendo que quase 70% do objetivo já foi alcançado.
Além disso, foi o primeiro banco brasileiro a aderir ao chamado Net-Zero, comprometendo-se a eliminar as emissões de carbono de suas carteiras de crédito e investimentos até 2050.