O desafio de preservar a Amazônia não envolve apenas o poder público. Criar uma rede de proteção no “pulmão do mundo” também é a missão de grandes empresas.

Como parte do ambicioso programa Juntos pela Amazônia, a JBS anunciou a constituição de um Fundo com o objetivo de financiar iniciativas e projetos para ampliar a conservação e restauração da floresta, bem como promover o desenvolvimento sustentável das comunidades que nela vivem.

O Fundo JBS pela Amazônia, presidido por Joanita Maestri Karoleski, receberá um aporte de R$ 250 milhões da própria empresa em um período de cinco anos. Mas a meta é levar os recursos a R$ 1 bilhão até 2030 com o apoio de terceiros.

O Fundo está estruturado sobre três pilares: conservação e restauração da floresta, desenvolvimento socioeconômico das comunidades e desenvolvimento científico e tecnológico. "Definimos os três pilares separados, mas quando a gente olha eles estão totalmente conectados", afirma Joanita. "Não dá para fazer bioeconomia sem ciência e tecnologia e sem pensar que tem de fazer preservação."

A estratégia da empresa começa com a conservação e restauração, mostrando que a floresta de pé é um ativo valioso, num movimento que envolve as pessoas que moram no bioma. "Sem gerar uma qualidade de vida melhor para quem vive na região, é difícil educar de forma a sustentar o meio ambiente, a se desafiar para fazer uma bioeconomia", diz Joanita.

O desafio será grande: são mais de 20 milhões de pessoas morando na região. E é aí que o desenvolvimento científico e tecnológico vai ajudar a derrubar barreiras que impedem o desenvolvimento de uma produção mais moderna e sustentável.

Agora, o próximo passo é convocar stakeholders e investidores externos a fazerem contribuições para o Fundo. A JBS anunciou que se compromete a igualar as doações de terceiros na mesma proporção até um limite de R$ 500 milhões.

O Fundo integra um conjunto de iniciativas do programa Juntos pela Amazônia, que inclui um sistema que já monitora 100% de seus fornecedores diretos de bovinos na região e vai usar a tecnologia blockchain para garantir que também os fornecedores de seus fornecedores de bovinos  não tenham nenhum passivo.

A política de compra responsável da empresa, que já é de desmatamento ilegal zero, será ampliada ainda mais. Até 2025, a adesão será voluntária. Depois desse ano, ela passará a ser obrigatória e a plataforma será aberta a outras empresas em um movimento que prevê mudanças expressivas em todo o ciclo de produção.

O aprendizado para estruturar o programa veio de uma iniciativa anterior – e que também contou com a participação de Joanita. No início do ano, ela tomou a decisão de se afastar da posição de CEO da Seara, cargo que ocupava desde 2015, com a intenção de se dedicar a projetos sociais.

Com a chegada da pandemia, foi convidada pela empresa para coordenar o programa Fazer O Bem Faz Bem, uma ação de combate ao novo coronavírus com R$ 400 milhões em recursos. "A JBS decidiu que queria deixar um legado. E mais de 60% desse valor ficou, de fato, como legado para o Brasil", conta.

Foram entregues dois hospitais, um em Rondônia e outro no Distrito Federal. "Isso prova que é importante que a iniciativa privada participe de momentos de necessidade como esse, porque ela pode fazer muita diferença", diz ela.

O Fundo JBS pela Amazônia contará com o apoio de um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal, um Conselho Consultivo e um Comitê Técnico. Os dois últimos, que contam com nomes como Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Carlos Nobre, cientista do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), Teresa Vendramini, presidente da SRB (Sociedade Rural Brasileira) e Marcello Brito, agroambientalista e presidente da Brasil EcoCiência, serão responsáveis por auxiliar na escolha dos projetos que receberão aportes.

Para mais informações sobre o projeto, é só clicar neste link: Juntos pela Amazônia