A Moody's Ratings rebaixou a nota de crédito do governo dos Estados Unidos nesta sexta-feira, 16 de maio, citando grandes déficits fiscais e aumento dos custos com juros.
A agência é a terceira a rebaixar a nota do crédito dos Estados Unidos. A Fitch Ratings, em 2023, e a S&P Global Ratings, em 2011, já tinham tirado a nota máxima dos Estados Unidos.
A Moody's rebaixou os EUA para Aa1, classificação também mantida pela Áustria e Finlândia. “Sucessivos governos e o Congresso dos EUA não conseguiram chegar a um acordo sobre medidas para reverter a tendência de grandes déficits fiscais anuais e custos crescentes com juros”, escreveu a Moody’s em um comunicado.
O rebaixamento pode pressionar o mercado de títulos do Tesouro americano, que já foi afetado por expectativas de maior endividamento e inflação persistentemente alta.
Os títulos do Tesouro, no entanto, se recuperaram após o rebaixamento da S&P em 2011, em parte porque a economia estava fraca, demonstrando que os investidores ainda consideravam os EUA a aposta mais segura do mundo.
Poucos esperam que o rebaixamento da Moody’s provoque turbulência no mercado desta vez. Os EUA continuam sendo a maior economia do mundo e a referência pela qual outros países são avaliados, segundo uma reportagem do The Wall Street Journal (WSJ).
Alguns investidores, segundo o WSJ, disseram que o rebaixamento pode exacerbar os danos que a recente guerra comercial causou a essa posição excepcional. E isso pode levar os investidores globais a aumentar o prêmio que exigem para comprar dívida americana.
“Isso poderia gerar um déficit ainda maior porque o custo do serviço da nossa dívida também aumentaria”, disse Michael Goosay, chefe global de renda fixa da Principal Asset Management.