A palavra “novata” não costuma ser aplicada à marcas como Boeing e Dassault, fundadas em 1916 e 1929, respectivamente. Porém, na 4º edição do Catarina Aviation Show, essa foi exatamente a denominação que lhe coube. Pela primeira vez, elas levaram suas aeronaves ao evento de aviação executiva organizado pela JHSF e NürnbergMesse, do qual o NeoFeed é parceiro de mídia.

Durante os três dias da feira, encerrada neste sábado, 7 de junho, os braços de aviação executiva das companhias, chamados de Boeing Business Jets (BBJ) e Dassault Falcon Jet, fizeram demonstrações de suas tecnologias e abriram alguns de seus melhores aviões para visita.

No caso da BBJ, o foco ficou na apresentação de seu novo produto, o BBJ Select. Com ele, é possível projetar a organização do avião da forma que o cliente preferir. Em tempo real, o consumidor confere o resultado desse design por meio de imagens tridimensionais e tour pela cabine personalizada.

Com a ferramenta, o cliente pode também explorar materiais e experimentar em primeira mão os couros, lâminas e tecidos disponíveis para decoração da cabine.

Para exemplificar o funcionamento desse serviço, o estande da companhia americana contou com um Boeing 737 com teto transparente, onde foi possível observar toda a sua disposição interna.

“O Brasil é um mercado muito importante para nós e o público do Catarina é exatamente quem nós queremos continuar atingindo daqui pra frente”, afirmou Chris Shindle, diretor de marketing da Boeing Business Jets, ao NeoFeed.

De acordo com o executivo, existem sete aviões privados da companhia em território nacional, porém apenas um foi adquirido diretamente da BBJ. Os outros seis foram feitos pela marca-mãe para os consumidores, de forma personalizada.

Shindle afirma, ainda, que a primeira vez da companhia no evento foi reduzida, mas que o foco da presença é mostrar aos consumidores que a marca está de olho no mercado e que está disponível para eles. “Nós amaríamos vender aviões durante o evento, mas esse não é nosso foco”, explica.

No portfólio da BBJ, existem quatro categorias de aviões, que vão desde o 737 Max, que transporta mais de 19 pessoas e voa 15 horas, até o 777 X, que tem 343 metros quadrados de cabine.

Para Shindle, entre essas opções, o 737 Max é o que melhor se ajusta ao gosto dos seus consumidores brasileiros.

Com a ferramenta BBJ Select, os clientes da Boeing podem projetar suas cabines (Foto: Boeing)

Já a francesa Dassault trouxe duas aeronaves expostas no evento: o Falcon 8X e o Falcon 2000LXS. A primeira tem capacidade de até 16 passageiros, enquanto a segunda leva até 10 pessoas.

Assim como na Boeing, Carlos Brana, vice-presidente executivo sênior da Dassaut Aviation, afirmou que o principal onbjetivo de levar a companhia à feira foi é criar bons relacionamento com os consumidores e com o mercado de aviação em si. Para ele, essa é uma ferramenta estratégica no setor, na qual a marca tem se sustentado há muitos anos.

“Nossa missão é fazer com que os consumidores entendam que, quando estão voando com os nossos aviões, estão a salvo”, diz Brana, ao NeoFeed. “Por isso é tão importante esse contato um a um que realizamos em eventos como este.”

Para o executivo, existem dois tipos de públicos no Brasil que a linha de aeronaves Falcon consegue atingir com os modelos expostos na feira.

Um deles é o que busca agilidade para o trabalho e quer uma aeronave menor, que se locomova facilmente dentro do País, enquanto há outro grupo que visa mais conforto em viagens internacionais, que podem ou não ser à trabalho.

Ele explica, ainda, que a maioria dos compradores são pessoas jurídicas. E, no caso das pessoas físicas que fazem as aquisições, o foco costuma ser também no trabalho.

“O princípio da aviação executiva é economizar tempo e é isso que vemos nas buscas dos consumidores brasileiros”, diz Brana.