A estreia da Apple no mercado automobilístico vai levar mais tempo do que o previsto. A companhia de Cupertino, na Califórnia, adiou a data de lançamento de seu carro elétrico, que teria direção totalmente autônoma.
Em vez de 2025, a fabricante do iPhone agora pretende lançar o seu próprio veículo um ano depois. E, quando chegar ao mercado, o modelo deve ser bem mais modesto do que o plano original, segundo uma reportagem da Bloomberg.
Nos últimos meses, o projeto, que tinha o codinome de Titan, esteve no limbo. Isso se deu porque a Apple desejava a criação de um veículo totalmente autônomo em “nível 5”, o que significa que o automóvel não teria nem mesmo volante ou pedais. Mas isso ainda não é viável com a tecnologia atual.
Por conta disso, a Apple decidiu reformular o projeto e adotar um design que passaria a incluir volantes e pedais. O carro teria ainda sistemas de direção autônoma, mas apenas para rodovias.
O projeto de criação de um carro pela Apple vem sendo debatido há mais de uma década. Sob o comando de Kevin Lynch, executivo que antes trabalhava com o Apple Watch e que assumiu o projeto Titan em 2021, a Apple se concentrou na criação de um veículo totalmente autônomo para estreia em 2025.
A expectativa da Apple era de que um veículo com a marca da maçã pudesse ajudar a companhia a diversificar sua receita. Do faturamento de US$ 394,3 bilhões obtido no ano fiscal de 2022, mais da metade (US$ 205 bilhões) veio da venda de iPhones.
O preço do carro da Apple deve ficar na casa de US$ 100 mil, um pouco abaixo do valor estimado no inicio do projeto. O custo, no entanto, deve ser parecido ao praticado pela Tesla no Model S. Em relação a tecnologia, os carros da Apple e da Tesla devem ser semelhantes.
A maior diferença do projeto da Apple é a aposta em uma combinação de sensores de radar e câmeras para ajudar o carro a determinar a localização, trafegar entre as faixas e avaliar a distância para objetos e pessoas. A Tesla, por sua vez, usa somente câmeras.
Nesta terça-feira, 6 de dezembro, as ações da Apple caíram 2,5%. Avaliada em US$ 2,47 trilhões, a Apple segue a companhia mais valiosa dos EUA. Neste ano, no entanto, o papel já caiu mais de 21%.