Maior gestora do mundo, a BlackRock reforçou essa posição no fim de 2023, ao divulgar que chegou a um volume de US$ 10 trilhões sob o seu guarda-chuva. E agora, já nos primeiros dias do ano, a empresa está adicionando novas cifras a esse portfólio ao incorporar outra gigante.

Nesta sexta-feira, dia 12 de janeiro, a companhia anunciou a aquisição da Global Infrastructure Partners (GIP), uma das principais gestoras globais de infraestrutura, com mais de US$ 100 bilhões em ativos sob gestão.

A transação está avaliada em US$ 12,5 bilhões e configura a maior aquisição feita pela gestora americana nos últimos quinze anos. Pelos termos, o acordo envolve o pagamento de US$ 3 bilhões em dinheiro, além de aproximadamente 12 milhões de ações ordinárias da BlackRock.

“A união dessas duas empresas criará a plataforma de infraestrutura para oferecer as melhores alternativas de investimento para clientes em todo o mundo e não poderíamos estar mais entusiasmados com as oportunidades que temos pela frente”, afirmou, em nota, Larry Fink, CEO da BlackRock.

Fundada em 2006 e liderada pelo sócio-fundador e CEO Bayo Ogunlesi, a GIP divide seu portfólio de mais de US$ 100 bilhões em ativos de infraestrutura em setores como energia, transportes, água e resíduos, e digital.

Esse pacote reúne ativos como os aeroportos de Londres, Sydney e Edimburgo, o porto de Melbourne, além de empresas como CyrusOne, de data centers, Pacific National e Italo, ambas de ferrovias, e companhias de energia renovável como Clearway, Vena e Eolian.

Parte desses investimentos também está concentrada na América Latina e no Brasil. Em 2022, por exemplo, a gestora, em parceria com a Actis, anunciou a compra da Atlas Renewable Energy, companhia de energias renováveis com projetos no Brasil, Chile, México e Uruguai.

Já em outubro de 2023, em outra ponta, a GIP fechou a venda de ativos de energia solar da Atlas em Minas Gerais, Ceará e Bahia, para a Engie. A transação foi fechada pelo valor de R$ 2,3 bilhões.

A BlackRock ressaltou que o acordo divulgado hoje cria um negócio combinado de mais de US$ 150 bilhões em ativos de infraestrutura sob gestão. Essa operação será liderada por Ogunlesi, juntamente com outros quatro sócios-fundadores da GIP.

“Estou entusiasmado com o poder dessa combinação e a perspectiva de trabalhar com Larry e sua equipe. Compartilhamos com a BlackRock uma cultura de colaboração, foco no cliente, parceria de investimento e compromisso com a excelência”, disse, no comunicado, Ogunlesi.