Exatamente dois meses depois de sinalizar um acordo para a compra de um pacote de galpões logísticos, o BTG Pactual está sacramentando a operação que envolve o cheque mais polpudo já assinado no setor e o coloca definitivamente entre os principais fundos imobiliários nesse espaço.
Anunciada na noite desta quarta-feira, 16 de outubro, a transação foi fechada por meio do fundo BTLG11 e envolve a compra de 13 ativos triple A da GLP, um dos principais players globais nesse espaço, pelo valor total de R$ 1,8 bilhão.
Nos termos do acordo, fechado com um cap rate de 9,5%, esse montante será dividido em duas parcelas. A primeira, de R$ 1,15 bilhão, ou 65% da cifra total, será paga à vista. Já os 35% restantes, um valor de R$ 614,25 milhões, serão quitados em 18 meses, com um yield estimado de 14,6%.
Com os novos ativos, o BTG, por meio de sua gestora, está incorporando uma área bruta locável de 541,7 mil metros quadrados. E, dentro da sua atuação em galpões logísticos, que inclui ainda o fundo BTLC11, alcança agora um portfólio total próximo de 2 milhões de metros quadrados.
O novo pacote anunciado nessa quarta-feira ilustra bem a tese do BTLG11. A começar pela localização dos galpões. Dos 13 ativos, 94% estão instalados em um raio de até 60 quilômetros de São Paulo, capital.
Nessa conta, nove galpões estão concentrados em um complexo logístico em Louveira e outros dois em Itapevi e São Bernardo do Campo, todas as três cidades no estado de São Paulo. As exceções são os ativos em Queimados (RJ) e no Recife (PE), próximo ao complexo de Suape.
Ao mesmo tempo, todos os ativos envolvidos na transação já estão em operação. Esse portfólio tem um total de 17 inquilinos, em uma carteira considerada prime, que inclui companhias como Nestlé, Unilever, Shopee e DHL.
Em outro componente que reforça e complementa as métricas no radar do BTG nesse espaço, boa parte dos galpões passou recentemente por retrofits, o que demandou um investimento total de cerca de R$ 100 milhões.