A Heineken é a marca de cerveja preferida dos brasileiros segundo uma pesquisa com mil consumidores realizada pelo Bank of America (BofA).
É a sexta vez que a Heineken é escolhida como a marca preferida no Brasil, desde que a pesquisa começou a ser feita em 2018. Mas essa tendência vem não só se consolidando como aumentando.
Em 2018, 49% dos entrevistados para a pesquisa escolheram a Heineken como sua marca preferida de cerveja. Neste ano, são 70%. A segunda colocada é a Brahma (59%), seguida da Budweiser (51%) e Amstel (48%) – os consumidores podiam escolher mais de uma marca, por isso a soma é maior do que 100%.
Por outro lado, a Ambev, dona de marcas como Skol, Brahma e Antarctica, foi quem ganhou mercado, de acordo com a pesquisa do BofA. No estudo deste ano, saltou três pontos percentuais, para 58%. A Heineken perdeu dois pontos percentuais e atingiu uma participação de 29%.
O relatório do BofA identifica quatro tendências para o setor de cerveja no Brasil: o consumo continua crescendo, o mix de canais tem estado no centro da decisão de compra, a inovação é relevante e os volumes de Petrópolis estão sob pressão.
O Grupo Petrópolis, dono da marca Itaipava e que está em recuperação judicial, observou seus volumes caírem de 11% para 8% do mercado em 2023.
Sobre o consumo de cerveja, a pesquisa do BofA identificou que quase 60% dos pesquisados bebem cerveja pelo menos duas vezes por semana, sendo que 30% bebem uma vez por semana.
Não só a frequência que é alta, mas o consumo também. Em 2020, apenas 25% dos consumidores mencionaram que o consumo de cerveja estava aumentando, contra 40% em 2023. Isso vale para todas as faixas de renda e de faixa etária.
Apesar disso, o BofA se mantém neutro em relação à Ambev. Apesar do bom momento, os analistas do banco acreditam que a recuperação pode ser revertida por riscos macroeconômicos e tributários.
No ano, as ações da Ambev, avaliada em R$ 271,6 bilhões, sobem 3,7%.