Depois de passar por uma forte reviravolta, o destino do Shopping Rio Sul acabou sendo conhecido na segunda-feira, 8 de julho, com o Iguatemi tomando o lugar da Allos, que tinha o negócio praticamente fechado.

Em fato relevante, a companhia anunciou ter fechado um acordo com a Combrashop para, junto com o fundo o BB Premium Malls Fundo de Investimento Imobiliário de Responsabilidade Limitada (BBIG FII), participar da compra de 54% do shopping, localizado no Rio de Janeiro.

O Iguatemi informou que pagará aproximadamente R$ 360 milhões e terá uma participação de 16,6% no empreendimento, atuando como administrador do shopping, enquanto o BBIG FII passará a ser titular de 33,3%.

A Combrashop, que tinha 46% do empreendimento, deterá 50,1% do capital. A holding de participações em shoppings exerceu seu direito de preferência pela fatia nas mãos da canadense Brookfield, que controlava o Rio Sul, trazendo o Iguatemi e o BBIG FII para o negócio.

A companhia informou que 70% do valor será pago à vista e o restante em duas iguais parcelas anuais corrigidas a CDI, o que representa um cap rate de entrada de 7,7% sobre o resultado operacional (NOI) estimado de 2024.

“Considerando as receitas oriundas da administração do empreendimento, líquidas de impostos, estima-se um cap rate implícito de 11% e uma taxa interna de retorno (TIR) de 17,1% para o investimento”, diz trecho do fato relevante.

Já o investimento do BBIG11 na operação será de aproximadamente R$ 790 milhões, sendo 70% do valor pago à vista e o restante em duas parcelas iguais anuais.

A consumação da operação está condicionada ao cumprimento de condições precedentes, entre elas a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

No começo de maio, a Allos anunciou que tinha fechado um acordo vinculante para a compra de até 15% do Shopping Rio Sul, num movimento para reforçar o portfólio com um nome forte, localizado no bairro de Botafogo.

Com 52 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), é um empreendimento voltado para público de média e alta rendas. A operação contava com participação de fundos imobiliários de XP, Vinci, Capitânia e BTG Pactual.

No entanto, pouco mais de um mês depois, a Allos informou que um veículo ligado à Combrashop acabou exercendo o direito de preferência pela fatia da Brookfield. A companhia informou que mantinha seu interesse pelo ativo, mas acabou deixada de lado.

As units do Iguatemi fecharam o pregão de segunda-feira, 8, com queda de 0,23%, a R$ 21,82. No ano, os ativos registram queda acumulada de 7,6%, levando o valor de mercado a R$ 6,3 bilhões.