Rodrigo Galindo, chairman da Cogna, atua como investidor de empresas há alguns anos. Mas, no fim de 2023, anunciou que entraria mais pesado no segmento ao lançar um fundo de private equity de R$ 530 milhões com dinheiro próprio e de family offices.

Batizado de Vidya, palavra que em sânscrito significa sabedoria e conhecimento, o fundo vai focar em empresas de médio porte que sejam geradoras de caixa. Sem pressa para sair do investimento, o empresário pretende levar para o dia a dia das adquiridas o que aprendeu na Cogna.

Segundo o NeoFeed apurou, Galindo está em negociações para anunciar o seu primeiro investimento. Trata-se da compra de participação na Farmax, empresa que foi adquirida pela Vinci Partners, em 2021, por meio de seu Fundo 3. O que está travando a negociação é que Galindo quer o controle, mas a Vinci não quer abrir mão.

Galindo, chairman da Cogna, começa a dar seu passos no private equity
Galindo, chairman da Cogna, começa a dar seu passos no private equity

A Farmax, focada nos chamados produtos de personal care, como removedor de esmalte a cosméticos, foi comprada pela Vinci, em 2021, e, desde então, imprimiu uma forte expansão e uma agenda de M&As. No ano passado, a companhia adquiriu a Negra Rosa, marca digital de cosméticos voltados para a pele negra.

Também em 2023, a companhia comprou a Sanavita, focada em alimentos funcionais. Com essas aquisições, o faturamento da Farmax saltou para cerca de R$ 800 milhões. A meta da empresa é atingir R$ 1 bilhão em receitas até 2026.

Uma fonte a par das negociações disse ao NeoFeed que a Vinci quer vender uma parte da companhia por dois motivos. O primeiro é aumentar a marcação a mercado. O segundo é porque não pretende injetar mais dinheiro para o processo de expansão e consolidação da companhia, hoje presente em quase 100% das farmácias do Brasil.

Se entrar no negócio, Galindo já deu pistas de como pretende atuar. “Tenho interesse por empresas com uma cadeia longa em que eu consiga agregar minha experiência de gestão e governança adquirida ao longo dos anos”, disse Galindo, em entrevista ao Valor Econômico, quando anunciou a criação do fundo.

Procurados, a Vinci Partners e Rodrigo Galindo disseram que não iriam comentar.