De olho na maior demanda por renda fixa internacional, a MAG Investimentos prepara sua mais nova aposta nesse mercado: um fundo de US$ 2 bilhões em crédito privado high yield, com histórico de 17 anos e retorno anualizado de 8.63% em dólar nos últimos cinco anos. Os investimentos são geridos em Londres pela Aegon, gestora europeia com US$ 850 bilhões sob gestão e sócia da MAG.

“Ainda faltam fundos de renda fixa internacional no Brasil. Não são todas as casas que têm e tenho percebido que a busca por esses produtos vem crescendo bastante”, diz Fernando Gabriades, sócio da MAG Investimentos, ao NeoFeed.

O fundo, que até então só estava aberto para captação nos Estados Unidos e Europa, será oferecido aos investidores brasileiros por meio de um feeder com hedge cambial.

A estrutura é como uma “casca” que permite investimentos em um fundo estrangeiro por meio de uma estrutura local, sem a necessidade de abrir conta no exterior.

A exposição será no fundo Aegon High Yield Global Bond Fund, que investe tanto em crédito privado quanto em títulos soberanos com alto potencial de retorno.

“Sempre travamos o câmbio nos fundos de renda fixa internacional, porque é muito volátil e pode comprometer a performance. Em renda variável, costumamos oferecer com e sem hedge.”

O feeder, denominado MAG Global Credit, será o segundo de renda fixa espelhado em fundos da Aegon. Há mais três feeders da MAG com a Aegon, sendo dois de ações e um de multimercados. “A casa é muito forte lá fora em renda fixa e crédito privado e, aqui no Brasil, escolhemos as principais estratégias da Aegon para distribuir, as joias da coroa.”

O MAG Global Credit já está disponível para investidores qualificados, mas será aberto para o público geral nos próximos meses, quando entrar nas plataformas de distribuição para o varejo. O aporte mínimo será de R$ 1.000, com 0,8% de taxa de administração.

A maior atenção aos produtos de renda fixa e crédito privado tem rendido frutos para a MAG. No ano passado, essas categorias foram responsáveis por puxar o crescimento de 40% de seu volume sob gestão, hoje em R$ 17 bilhões. Do volume total, renda fixa e crédito privado representam 70%. “O lucro da gestora aqui no Brasil dobrou no ano passado”, conta Gabriades.

Com a maior parte dos recursos sob gestão própria, os feeders representam R$ 500 milhões do volume total em investimentos da MAG. Mas Gabriades acredita que esse montante deve seguir aumentando, conforme cresce o interesse de brasileiros por investimentos no exterior.

“Sempre ficamos atentos à demanda dos investidores. Temos um portfólio vasto lá fora, tem todas as estratégias, mas a gente preferiu trazer essas cinco, que são estratégias conceituadas há anos.”