A petroleira Enauta foi às compras no fim do ano e animou os analistas. O Bank of America (BofA) divulgou um relatório reiterando a confiança na companhia e sua recomendação de compra para as ações.

A companhia adquiriu, na última semana do ano passado, 23% do cluster Parque das Conchas da Qatar Energy (QPI) por US$ 150 milhões, dos quais US$ 15 milhões foram pagos na assinatura, e o restante será quitado em três parcelas após a aprovação da Agência Nacional de Petróleo (ANP), e será ajustado pelo fluxo de caixa do período a partir da data efetiva de 1º de julho de 2023. A região contém os campos Abalone, Argonauta e Ostra.

Segundo cálculos do BofA, metade da transação poderá ser paga com a geração de caixa futura da própria operação. Segundo a Enauta, a produção atual é de aproximadamente 35 mil barris de petróleo por dia em 25 poços. Os contratos de concessão vencem em 2032.

A aquisição seguiu a compra dos campos Uruguá e Tambuá da Petrobras, também em dezembro. E as novas fontes de exploração são estratégicas para a companhia que precisa diversificar o seu portfólio, pois 91% da sua produção atual vem do campo de Atlanta. Com as novas frentes, essa dependência deve cair para 70%.

Mas Atlanta continuará sendo fundamental e atingirá a sua operação máxima em meados de 2025 chegando a 43 mil barris de petróleo por dia, um aumento de 435% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

O banco americano estima o preço do petróleo a US$ 70 o barril em 2025, o que implicaria uma geração de caixa de R$ 2,1 bilhões, um aumento de 41%.

Por isso, a recomendação é de compra com o preço-alvo  da ação em R$ 27 para os próximo 12 meses, segundo o BofA. Hoje, as ações estão sendo negociadas por volta de R$ 18,70 - um upside aproximado de 45% sobre o preço de tela.

Com valor de mercado de R$ 4,9 bilhões, o papel da Enauta acumula alta de 46,7% em 12 meses.