Cinco dias após o Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) proibirem instituições financeiras que não são bancos de utilizarem essa denominação em seus nomes, o Nubank anunciou nesta quarta-feira, 3 de dezembro, a intenção de obter uma licença bancária no País em 2026.
Atualmente, a fintech opera com licenças de instituição de pagamento, sociedade de crédito, financiamento e investimento, além de corretora de títulos e valores mobiliários.
Segundo o Nubank, a inclusão de uma instituição bancária no conglomerado não implicará "alterações materiais nas exigências adicionais de capital e liquidez". Com a licença, o Nubank não precisará modificar sua marca ou identidade visual.
“O Nubank foi fundado há 12 anos e responsável pela inclusão de 28 milhões de pessoas no sistema financeiro. Nossa identidade e missão de simplificar a vida dos clientes permanecem iguais”, afirma, em nota, Livia Chanes, CEO do Nubank no Brasil.
Na sexta-feira, 28 de novembro, o BC e o CMN divulgaram resolução conjunta que regula a nomenclatura e a forma de apresentação ao público das instituições autorizadas a funcionar pelo BC.
O texto veda o uso de termos que sugiram atividades ou modalidades para as quais a instituição não tenha autorização específica.
“Na apresentação ao público, as instituições autorizadas deverão utilizar termos que deixem claro aos clientes e usuários a modalidade da instituição que presta o serviço”, diz trecho do comunicado do BC.
No terceiro trimestre, o Nubank alcançou receita líquida recorde de US$ 4,13 bilhões, alta de 41,8% sobre o mesmo período do ano anterior (US$ 2,9 bilhões) e 3% acima do consenso de mercado.
O lucro líquido também cresceu de forma significativa em relação ao terceiro trimestre de 2024. Entre julho e setembro deste ano, o banco digital registrou US$ 783 milhões, avanço de 41,6% sobre os US$ 553 milhões do ano passado.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) anualizado subiu para 31%, contra 30% no mesmo período de 2024.
A instituição adicionou quatro milhões de clientes, alcançando 127 milhões nos três países em que atua, sendo 110,1 milhões no Brasil.
Por volta das 10h57, as ações do Nubank subiam 0,63%, a US$ 17,61. No ano, acumulam alta de 65,6%, levando o valor de mercado a US$ 85,3 bilhões.