A TIM anunciou nesta quinta-feira ao mercado a compra de 100% da V8 Consulting S.A. (V8.Tech) por R$ 140 milhões, com a possibilidade de pagamentos adicionais (earn-out) de até mais R$ 140 milhões, condicionados ao cumprimento de metas ao longo de seis anos.
A V8.Tech, fundada em 2014, é uma empresa especializada em integração de soluções digitais e serviços gerenciados — com atuação em transformação digital, computação em nuvem (multicloud, privada e híbrida) e inteligência artificial.
Com cerca de 380 colaboradores, fechou os últimos 12 meses até setembro de 2025 com receita líquida aproximada de R$ 235 milhões. No período entre 2021 e 2024, registrou Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) de 17% e manteve uma base de mais de 100 clientes ativos em diferentes setores da economia, ainda de acordo com o comunicado ao mercado.
A transação ainda não está concluída. O fechamento depende da aprovação do Cade e do cumprimento de outras condições usuais para operações desse tipo.
Segundo a TIM, o movimento reforça a estratégia para o mercado corporativo (B2B) apresentada no plano estratégico 2025-2027, divulgado em 10 de fevereiro deste ano. Com a aquisição, a empresa “amplia significativamente” sua capacidade de entregar projetos de transformação digital de ponta a ponta no segmento corporativo, integrando serviços de cloud e soluções digitais à sua oferta B2B — com equipes que a companhia descreve como altamente especializadas e com know-how reconhecido no setor.
Mostrando a sua vontade de crescer no B2B, a TIM também anunciou ao mercado a criação de uma nova vice-presidência dedicada ao segmento.
A área será liderada por Fabio Costa, executivo que já ocupou cargos de alta liderança na Salesforce, Microsoft e Oracle na operação brasileira e na América Latina. Costa também tem experiência no setor de telecomunicações, com passagem de cinco anos como executivo da Telemar Norte-Leste, e chega, segundo a TIM, para conduzir o desenvolvimento e acelerar essa linha de negócios.
No terceiro trimestre deste ano, a TIM reportou receita líquida de R$ 6,7 bilhões, alta de 4,5% em um ano, enquanto o lucro líquido normalizado avançou 50%, para R$ 1,2 bilhão, tendo sido o maior lucro já alcançado para o período.
Os resultados continuam vindo principalmente da receita de serviços móveis, que cresceu 5,2% no trimestre. Mas a operação corporativa é onde a empresa acredita que pode crescer mais. A companhia afirmou que espera encerrar 2025 com cerca de 120 clientes ativos, incluindo mais de 20 novos clientes estratégicos que assinaram contrato ao longo do ano.
No retrato do trimestre, a empresa também informa que a receita total contratada de B2B chegou a R$ 435 milhões, com predominância de iniciativas em logística (42%) e agronegócio (34%), além de utilities (22%).