Brasília - Os deputados da frente da agropecuária fecharam a porteira e ganharam a queda de braço com a equipe econômica do governo Lula.

O resultado é uma redução ou até mesmo a anulação da alíquota de 7,5% na Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) - também devem entrar nas novas negociações as Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

O texto, que seria votado na terça-feira, 30 de setembro, foi adiado para a próxima quinta-feira, 2 de outubro.

O relator da medida provisória alternativa 1.303/2025 ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Carlos Zarattini (PT-SP), admitiu a redução da alíquota de 7,5% para menos de 5% - o percentual previsto inicialmente pela equipe econômica.

A pressão da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) era para suspender a taxação, o que deve ocorrer na votação da próxima quinta.

O NeoFeed apurou que o pedido para adiamento da votação partiu do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ocorreu depois de almoço com parlamentares ligados ao agronegócio, que deixaram claro não aceitar a taxação das LCAs.

“O presidente Hugo Motta pediu para que a negociação com os líderes partidários se mantivesse aberta até quinta, pois na quarta está prevista a votação do projeto do imposto de renda”, disse Zarattini.

A pressão do agronegócio rendeu à bancada uma dupla vitória até aqui, pois os parlamentares do setor já haviam garantido a preservação do Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e das cadeias produtivas.

Zarattini disse que a arrecadação das letras não é significativa em relação ao total previsto pela MP, de R$ 10,5 bilhões neste ano.

(texto em desenvolvimento...)