O aplicativo de transporte Cabify informou nesta sexta-feira, 23 de abril, que deixará de operar no Brasil no dia 14 de junho. Até lá, os usuários cadastrados na plataforma podem seguir pedindo corridas pelo app.

Em comunicado, a empresa informa que "a Cabify tem um forte compromisso com a busca de rentabilidade e que, como resultado de um constante processo de análise neste mercado, tomou a decisão de encerrar o serviço".

"O mercado brasileiro ainda é muito afetado pela grave situação sanitária do país e pela crise sócio-econômica local causada pela Covid. Esse contexto dificulta a criação de valor e tem levado a empresa a parar sua operação no Brasil", diz um trecho do comunicado.

De acordo com a nota, a empresa segue operando em outros mercados da América Latina e na Espanha. Atualmente, está presente em mais de 100 cidades e países como México, Chile, Colômbia, Peru, Equador, Argentina, Uruguai.

Apesar do impacto provocado pela pandemia, a empresa afirma ainda que a demanda global de viagens da Cabify se recuperou em 75% até o final de 2020. Em algumas das praças em que atua na América Latina e na Espanha, a startup diz que até 100% da demanda pré-pandemia já foi reativada.

A operação no Brasil começou em 2016, cinco anos após sua fundação. Um ano depois, ela se uniu à Easy Taxi, em uma tentativa de competir com Uber e 99, seus dois principais rivais no mercado brasileiro.

A Cabify foi fundada em 2011 pelo empreendedor espanhol Juan de Antonio. Desde então, captou US$ 477 milhões. A rodada de investimento mais recente, de US$ 70 milhões, foi em fevereiro de 2019, liderada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. A startup também captou recursos da Rakuten.

Segundo a Cabify, o aplicativo conta com 33 milhões de usuários cadastrados globalmente em sua plataforma e 400 mil motoristas parceiros.