Um dos destaques do balanço recente do PicPay foi sua área de crédito, que fechou o segundo trimestre deste ano com uma carteira de R$ 5,98 bilhões, uma expansão de 62%.

E essa área deve ser uma das alavancas da empresa. “Estamos com cartão, com empréstimo, antecipação de FGTS, consignado e lançamos a nossa maquininha. Temos uma aposta muito grande”, disse Eduardo Chedid, CEO do PicPay, em entrevista no NeoConference, evento do NeoFeed, que discutiu o Brasil de hoje e do futuro.

Chedid destacou também que a carteira digital do PicPay, que é o produto mais maduro da empresa da J&F, é ainda um pilar importante e segue crescendo de forma acelerada.

“Hoje, 11% das transações do Pix começam ou terminam no PicPay. Fomos o primeiro a lançar o Pix parcelado. Então, apesar de a carteira digital ser o produto mais maduro, continua crescendo muito. É um pilar ainda muito importante”, afirmou Chedid.

Questionado sobre o IPO do PicPay, Chedid disse que a empresa nunca escondeu que esse é um projeto da companhia. Mas que isso depende, na verdade, das condições do mercado.

“A gente fica escutando que o mercado vai reabrir em janeiro. Depois foi para março, depois foi para junho, depois foi para setembro. Os resultados demonstram que a gente está preparando a companhia para, quando tiver uma boa oportunidade, listar a companhia nos Estados Unidos. Mas, por enquanto, a gente não tem visibilidade de quando esse mercado vai voltar de maneira mais pujante”, afirmou Chedid.

No primeiro semestre deste ano, a operação do PicPay teve lucro líquido de R$ 62 milhões, quase o dobro dos R$ 37 milhões registrados em todo o ano de 2023. Chedid explicou que pretende manter a estratégia de diversificação na companhia, aproveitando desde oportunidades de crédito para pessoas físicas até soluções para pessoas jurídicas.