Empresa de e-commerce para produtos digitais voltada para a creator economy, a Hotmart é hoje uma das principais plataformas para criadores de conteúdo. A companhia mineira já recebeu mais de R$ 1 bilhão de investidores como General Atlantic, o Fundo Soberano de Cingapura (GIC) e TCV e conquistou mais de 35 milhões de usuários desde sua fundação, em 2011.

Os números superlativos, porém, não contam que João Pedro Resende e Mateus Bicalho passaram por poucas e boas antes de conseguirem tirar a ideia da companhia do papel. Em uma experiência anterior, a dupla chegou até mesmo a receber cheques sem fundo.

"Não era um baita cheque, dava pra pouca coisa. Mas ia fazer muita diferença na minha vida naquele momento de transição”, afirma Resende, cofundador e CEO da Hotmart, em entrevista ao programa Vida de Startup, do NeoFeed. “Mas na época eu havia acabado de encerrar a empresa e não tinha nada no banco.”

Passado este primeiro problema com os sócios da antiga empresa, Resende conta que para tirar a Hotmart do papel precisou inclusive sacrificar o tempo que tinha para almoçar enquanto ainda trabalhava em outra empresa. “Eu saía correndo para casa pra resolver alguns bugs da plataforma”, afirma.

Os primeiros problemas ficaram para trás e agora o desafio da companhia é ganhar cada vez mais terreno no setor de creator economy. Atualmente, a Hotmart fornece uma série de ferramentas para quem deseja vender cursos, e-books e realizar eventos online.

"O Brasil é um grande mercado porque são 200 milhões de pessoas e o brasileiro ama rede social. É um prato cheio para florescer essa economia", diz Resende. “Ainda tem o fato de que o brasileiro é muito criativo e muito cara de pau também. Quando junta tudo isso, vira algo interessante.”

Para 2024, os planos da Hotmart envolvem a expansão do negócio em novos mercados. “É um modelo de negócio replicável e escalável em várias partes do mundo”, diz Resende. “Todo o creator já nasce global, o que limite o criador de conteúdo são as ferramentas.”