A SRM Asset, tradicional gestora de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) multicedente e multisacado, com cerca de R$ 1 bilhão sob gestão, abrirá a quinta captação do fundo FIC FIDC Exodus Institucional. O objetivo é conseguir R$ 200 milhões.

O fundo aplica em direitos creditórios originários de operações nos segmentos financeiro, comercial, industrial, de arrendamento mercantil e de prestação de serviço. Essa nova emissão pretende obter uma remuneração de CDI+3,5% ao ano na cota sênior e de CDI+5% ao ano na cota mezanino para 36 meses. As cotas júniores ficam com posse da gestora.

No final de novembro passado, a SRM fez a 3° e 4ª captação deste fundo, totalizando R$ 220 milhões. Nessa emissão, a cota sênior foi cotada a CDI+5% ao ano para uma emissão de 36 meses e a mezanino a CDI+8% ao ano para 36 meses. Ao todo, foram originados R$ 7 bilhões em operações de crédito no.

A gestora, com 20 anos de mercado, usa uma plataforma proprietária que proporciona análise em grande escala e pulverização de ativos. A gestora atua em todo o território brasileiro, atendendo a uma base de mais de 2.500 clientes de diversos segmentos econômicos, operando cerca de R$ 3,5 bilhões em crédito por ano.

“Estamos vendo grande expansão do mercado de FIDCs, em uma busca do investidor por crédito estruturado e também com a abertura do mercado para o público em geral no ano passado com a [resolução da CVM] 175. E do lado das empresas, a demanda por crédito está ainda maior com a perspectiva de queda de juros”, afirmou Marcos Mansur, CEO da SRM, ao NeoFeed.

Novas rodadas de captação estão previstas para o ano. A busca da gestora é pelo crescimento de 50% no total sob gestão, para R$ 1,5 bilhão até o fim do ano.

Em 2023, a indústria de investimento teve um resgate líquido de R$ 128 bilhões, com os fundos multimercados encolhendo R$ 134 bilhões, os fundos de ações R$ 17 bilhões e a renda fixa R$ 60 bilhões, segundo dados da Anbima.

Na contramão desta tendência, os FIDCs tiveram captação líquida positiva de R$ 24 bilhões, e alcançou R$ 426 bilhões sob gestão. “Vemos muitas oportunidades em originação de crédito em fintechs e capturamos isso em FIDCs. O mercado demanda soluções e o segmento tende a crescer muito", diz Mansur.