A Espaçolaser reduziu em R$ 173,1 milhões o seu endividamento líquido no terceiro trimestre de 2023, para R$ 593,1 milhões. Em 12 meses, a alavancagem caiu de 3,4 vezes (x) para 2,5x. Essa redução tinha como foco evitar os covenants (obrigações e compromissos com os credores) da 2ª emissão de debêntures da companhia de 3x.
“Estamos reperfilando essa dívida. Em breve vamos anunciar um processo de renegociação e reperfilamento”, disse Paulo Camargo, CEO da Espaçolaser, no programa Números Falam, do NeoFeed.
Atualmente, pouco menos de um quarto do endividamento vence no ano que vem. A maior parte da dívida está concentrada em 2025. “Hoje a negociação principal é como faço um novo perfil do endividamento para ganhar mais oxigênio”, afirma Camargo.
No terceiro trimestre, por exemplo, a Espaçolaser registrou uma geração de caixa operacional de R$ 58,2 milhões, com conversão de Ebitda para caixa de 120,4%. Há 12 meses a companhia havia queimado R$ 13 milhões.
Todo esse cuidado em manter R$ 244 milhões em caixa significa brecar o crescimento via capital próprio. A Espaçolaser está em expansão via franquias. Atualmente, a rede chegou a 789 lojas no País - 29 adições líquidas de franqueados no ano.
“Existem 330 cidades com mais de 50 mil habitantes que ainda não colocamos o pé”, afirma Camargo.
A ação da Espaçolaser, que foi criada por Paulo Morais, registrava queda de 6% no ano, até sexta-feira, 15 de dezembro. Em 12 meses, há uma inversão: alta de 8,7%. O valor de mercado era de R$ 460 milhões.