A Mauá Capital vai apostar em logística e lajes corporativas em seu primeiro fundo de tijolo que será lançado em 2024. A perspectiva é captar aproximadamente R$ 500 milhões, com capacidade de alavancagem de mais R$ 500 milhões.
“Em logística e lajes corporativas não precisa dar quatro piruetas para fazer um bom negócio”, afirma Brunno Bagnariolli, sócio da Mauá Capital, em entrevista ao Café com Investidor, programa do NeoFeed que entrevista os principais investidores do Brasil.
A informação sobre os planos da Mauá Capital de entrar em fundos de tijolo já havia sido antecipada pelo NeoFeed. Mas, agora, pela primeira vez, Bagnariolli dá mais detalhes sobre os planos da gestora.
De acordo com Bagnariolli, é preciso analisar os fundamentos, bem como as condições do mercado. “É um bom momento para buscar valorização de cota de tijolo”, diz o sócio da Mauá, que se uniu a Jive em maio de 2022, dando origem a uma gestora de aproximadamente R$ 20 bilhões – só em real estate são R$ 6 bilhões.
Em logística, Bagnariolli diz que se trata de um segmento muito resiliente, com demanda de locatários em imóveis próximos de São Paulo e próximos a grandes regiões metropolitanas.
Já em lajes corporativas, a pandemia não acabou com os escritórios como muitos previam, mas desacelerou os planos de expansões de muitas corporações, o que fez os preços caírem.
A perspectiva é que os fundos imobiliários se recuperem ao longo de 2024. Alguns fatores contribuem para esse cenário positivo. E, o mais visível, deles é a queda da taxa Selic.
“Quando os juros caem, os CDBs deixar de ser interessantes. E o investidor busca novos produtos. E os fundos imobiliários são o primeiro da fila”, afirma Bagnariolli.
Uma reportagem do NeoFeed que ouviu sete grandes gestoras de fundos imobiliários mostrou que elas estão otimistas com o início do ciclo de retomada do setor.
As razões seriam um mercado descontado por muito tempo, queda na taxa de juros, o fim de incertezas tributárias e o potencial de entrada de investidores mais sofisticados para este mercado tradicionalmente dominado pelo investidor de varejo. A expectativa do mercado é repetir, em 2024, a mesma captação de 2022, da ordem de R$ 20 bilhões.
Nesta entrevista, que você assiste no vídeo acima, Bagnariolli fala sobre o que ele chama de fundos imobiliários 3.0, analisa o cenário de mercado para 2024 e conta mais sobre os planos da Mauá Capital.