Maior gestora do mundo, a BlackRock reafirmou essa posição em junho deste ano, ao alcançar US$ 10,6 trilhões de ativos sob gestão. E, agora, está prestes a reforçar essa conta com mais alguns dígitos na trilha de uma febre que, cada vez mais, atrai a atenção dos investidores.

Segundo o Financial Times, a gigante americana está preparando o lançamento de um fundo de investimento de US$ 30 bilhões dedicado à inteligência artificial, em parceria com a Microsoft, uma das big techs que vêm buscando a dianteira nessa corrida.

De acordo com fontes próximas à iniciativa ouvidas pelo jornal britânico, o veículo em questão terá como foco apoiar a construção de data centers e projetos de energia ligados ao avanço da inteligência artificial.

A tese da gestora é ir ao encontro das “impressionantes demandas” de energia e infraestrutura digital, e, por consequência, dos possíveis "severos" gargalos que o desenvolvimento de produtos baseados nesse conceito trará nos próximos anos.

O fundo será um dos maiores já captados em Wall Street e, além da Microsoft, terá a MGX, empresa de investimento apoiada pelo governo de Abu Dhabi, como sócia. Outro nome em destaque na onda da inteligência artificial, a Nvidia também está envolvida no projeto.

Em outra ponta, o veículo também vai marcar o primeiro grande fundo da nova unidade de infraestrutura da BlackRock, fruto da compra, em janeiro desse ano, da Global Infrastructure Partners (GIP), na maior aquisição feita pela gestora nos últimos quinze anos.

Essa não é, porém, a primeira investida da Microsoft na infraestrutura por trás da inteligência artificial. Também no início desse ano, a gigante de Redmond concordou em aplicar US$ 10 bilhões em projetos de energia renovável da Brookfield Asset Management, do Canadá.

“O país e o mundo vão precisar de mais investimentos de capital para acelerar o desenvolvimento da infraestrutura de inteligência artificial necessária. Esse tipo de esforço é um passo importante”, disse, na oportunidade, Brad Smith, presidente da Microsoft.

Um cheque, também no valor de US$ 10 bilhões, foi o que consolidou, até aqui, a Microsoft como a maior investidora da OpenAI, dona do ChatGPT e o principal nome, ao lado da Nvidia, a propagar o burburinho crescente em torno da inteligência artificial.

Como prova desse status e da demanda de recursos projetada para apoiar os avanços da sua ferramenta, a OpenAI está negociando com a gigante americana, a Nvidia e outros investidores, como Apple e Thrive Capital, uma nova rodada no valor de US$ 5 bilhões.

Caso seja bem-sucedida em atrair mais esse aporte, a startup, que atualmente está avaliada em US$ 80 bilhões, pode ver seu valuation saltar para nada mais nada menos que US$ 150 bilhões.