A CSU entende que as oportunidades de crescimento estão batendo à porta da companhia. Com R$ 78 milhões de caixa líquido, a empresa de tecnologia para pagamentos digitais tem duas estratégias claras para destinar esse dinheiro.
A primeira é acelerar o processo de investimento com uma aquisição no exterior. A empresa enxerga potencial para sua atuação nos Estados Unidos.
“Temos feito repetidamente uma estratégia de acelerar investimento. Estamos, por exemplo, nos posicionando para atuar no mercado americano”, diz Pedro Alvarenga, CFO da CSU Digital, em entrevista ao Números Falam, programa do NeoFeed que tem o apoio do Santander Select.
“Sim, aquisição é uma possibilidade porque você encurta o prazo de lançamento de uma oferta no mercado. Muitas vezes, há uma carteira de clientes que você consegue potencializar”, complementa.
Embora um M&A esteja no radar, Alvarenga reforça que há muitas variáveis a serem consideradas, como preço adequado e integração dos negócios. Por isso, olhar repetidamente não significa que o deal vai acontecer.
Por esse motivo, a segunda destinação desse caixa pode ser devolver parte para o acionista. A CSU tem sido uma grande pagadora de dividendos nos últimos tempos. Com um payout de 50% do lucro nos últimos três anos, o dividend yield está superior a 7% - com o pagamento trimestral.
“É uma taxa de retorno bem interessante. Se eu não fizer aquisição, vou para dividendos. Mas nenhuma delas é excludente”, afirma o CFO.
Dividida em duas grandes unidades de negócios, a CSU Pays, que engloba todas as soluções em pagamentos digitais, fidelização e incentivos e de embedded finance, e a CSU DX, que foca nos serviços e no desenvolvimento de soluções de alta densidade tecnológica, a companhia converte muito resultado em caixa.
“A CSU é uma empresa que não tem descolamento entre resultado e caixa. Se tenho muito resultado, gero muito caixa”, diz Alvarenga.
Na visão do CFO, a melhor maneira de entender o sucesso do negócio é o Ebitda, que é uma proxy em termos de geração de volume financeiro para a empresa. De janeiro a setembro do ano passado, segundo o último balanço disponível, a CSU acumulou R$ 150,3 milhões de Ebitda - um recorde. O CAGR, ou seja, a taxa de crescimento anual composto, é de 10,9%.
Listada na B3, a ação CSUD3 acumula queda de 9% em 12 meses, até sexta-feira, 14 de fevereiro. O valor de mercado da companhia é de R$ 703,9 milhões.