A WAP, empresa de Curitiba que produz lavadoras de alta pressão e outros produtos eletrônicos, contratou o Santander e o Itaú BBA para a venda de uma fatia minoritária, apurou o NeoFeed.
A venda será de uma fatia na casa de 20% de dois sócios: Gilberto Zancopé, que tem 85% da empresa, e da gestora Pipo Capital, dona de 15%. O dinheiro da transação será 100% secundário, não indo para os cofres da companhia.
Atualmente, a WAP fatura na casa dos R$ 2 bilhões e tem um Ebitda de R$ 350 milhões. O valuation estimado pelas fontes ouvidas pelo NeoFeed é na casa dos R$ 2,5 bilhões.
Zancopé comprou a WAP em um leilão judicial em 2006 por R$ 10 milhões. Caso consiga vender uma fatia minoritária pelo valuation estimado, seria um retorno de 250 vezes.
Na primeira rodada feita pelos bancos de investimento para sondar o mercado, alguns fundos mostraram interesse em olhar o ativo, considerado uma empresa que conseguiu virar o seu negócio de forma impressionante.
Em 2006, quando foi comprada por Zancopé, a companhia estava falida. Sob nova gestão, conseguiu se recuperar vendendo exclusivamente lavadoras de alta pressão.
Mas, em 2014, a crise hídrica quase levou a WAP mais uma vez à bancarrota. O faturamento caiu 70% e, mais uma vez, a companhia entrou em recuperação judicial no fim de 2015.
Foi então que a WAP começou uma estratégia de diversificação para não depender apenas de um produto. E, ao mesmo tempo, começou a explorar outros canais de venda.
Hoje, mais de 80% das vendas da WAP são digitais, feitas por meio de marketplace e pelo e-commerce próprio da marca.
As lavadoras de pressão também não são o principal produto da companhia. À frente estão produtos como robô aspirador, air fryer e equipamentos de som.
Procurado pelo NeoFeed, Zancopé e Francco Marcheti, da Pipo Capital, não retornaram aos pedidos de entrevista.