No centro de um dos IPOs mais aguardados no ano, o Nubank acaba de anunciar oficialmente que definiu o preço de US$ 9 por ação para a sua abertura de capital, marcada para amanhã, 9 de dezembro, na Bolsa de Nova York. A oferta também envolve a emissão de uma BDR, que foi precificada a R$ 8,36.
Com o preço fixado no topo da faixa indicativa, a fintech vai captar cerca de US$ 2,6 bilhões e desembarcar no mercado de capitais avaliada em US$ 41,5 bilhões. Ao alcançar essa cifra, o Nubank confirma as expectativas criadas sobre a oferta e torna-se o banco mais valioso da América Latina.
Levando-se em conta esse valor de mercado em reais, o Nubank foi avaliado em R$ 233 bilhões e superou o Itaú Unibanco e o Bradesco, avaliados, respectivamente, em R$ 210 bilhões e R$ 186,4 bilhões.
A marca veio mesmo diante do cenário recente de desvalorização das empresas de tecnologia e de serviços financeiros. Diante desse contexto, a empresa já havia reduzido a faixa indicativa da sua oferta em 30 de novembro.
Antes, a estimava da empresa era buscar uma precificação entre US$ 10 e US$ 11, o que resultaria em uma captação de US$ 3,6 bilhões e em uma avaliação da operação de US$ 50,6 bilhões.
Ao mesmo tempo, diante desse panorama mais restrito, o Nubank garantiu a participação de investidores-âncora no IPO. A lista inclui nomes como Sequoia Capital, Tiger Global, Softbank e J.P. Morgan, que manifestaram a intenção de assegurar uma demanda de US$ 1,3 bilhão na oferta.
No comunicado divulgado nesta quarta-feira, 8 de dezembro, o Nubank informou ainda que o número de ações ordinárias Classe A incluído na oferta internacional pode ser reduzido por uma parte das ações ordinárias Classe A que está sendo oferecida como BDR.
Em relação à oferta na Bolsa de Nova York, a companhia acrescentou que concedeu uma opção de 30 dias para a compra de até 28.571.429 ações ordinárias Classe A adicionais ao preço da oferta pública inicial, excluindo descontos de subscrição e comissões.
No prospecto do IPO, o Nubank destacou que os recursos captados serão destinados a frentes como capital de giro, despesas operacionais e dispêndios de capital, além da aquisições ou investimentos de ativos, produtos, serviços ou tecnologias.