O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, embarca para Washington nesta terça-feira, 6 de setembro, para reuniões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e organismos multilaterais como o Banco Mundial. Massa busca investimentos e dólares para reforçar as reservas internacionais do país.

A expectativa é de que o superministro consiga desbloquear, junto ao Banco Mundial, fundos equivalentes a US$ 800 milhões ao mesmo tempo em que avalia o cumprimento de metas vigentes no acordo que o governo argentino mantém com o FMI, informa a imprensa local.

Nesta segunda-feira, 5 de setembro, Sergio Massa anunciou a criação do “dólar de soja” a uma paridade especial de 200 pesos por dólar – cotação vantajosa para os exportadores, considerando que o câmbio oficial é cotado a cerca de 139 pesos por dólar.

A medida entra em vigor nesta segunda-feira e se estende até 30 de setembro. Nesse período, espera o governo argentino, as exportações da commodity devem gerar US$ 5 bilhões. O Ministério da Economia espera que esse mecanismo cambial assegure US$ 1 bilhões nas primeiras 72 horas de sua vigência.

A visita de Massa a Washington acontece dois meses após a saída do ex-ministro Martín Guzmán do comando da Economia argentina e gera grande expectativa. Guzmán deixou o governo em 2 de julho, foi substituído por Silvana Batakis que ficou no cargo até 28 de julho e foi substituída por Sergio Massa, que assumiu em 3 de agosto.

Ao contrário de Guzmán e de Batakis, Massa conseguiu centralizar pastas na Economia e garantir um prestígio político que poderá facilitar entendimentos com o Fundo Monetário que, ainda em setembro, poderá desembolsar cerca de US$ 4 bilhões ao país.