Na prateleira de ativos listados de shopping centers, o Iguatemi é a principal escolha do Santander. Na terça-feira, 21 de março, o banco reforçou essa preferência ao reiterar a recomendação de outperform e o preço-alvo da ação em R$ 30, um upside de 57,7% sobre a cotação no fechamento do pregão do dia anterior.
Em relatório, o Santander ressaltou aspectos como a qualidade do portfólio do grupo, bem como sua maior exposição aos consumidores de alta renda. E, ao mesmo tempo, trouxe algumas atualizações nas projeções para a operação.
“Esperamos agora um ligeiro crescimento na receita dos shoppings para 2023 e 2024, 2% acima das estimativas anteriores, a partir de uma inflação mais elevada e do potencial aumento nas taxas de ocupação”, escrevem os analistas Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni.
Em contrapartida, o trio projeta uma receita líquida menor na divisão de varejo, com um recuo de 14% frente à estimativa anterior para o biênio, refletindo a estratégia do Iguatemi “em reduzir o crescimento para focar na lucratividade”.
Como parte da revisão nessa última frente, o Santander também está ampliando as projeções de margem Ebitda da operação, em 229 pontos-base, para 2023, e em 85 pontos-base, para o exercício de 2024.
O banco observou ainda que as ações estão sendo negociadas com um desconto excessivo em relação aos seus patamares históricos, mesmo tendo três dos shoppings mais “produtivos” do setor – Iguatemi, JK Iguatemi e Pátio Higienopólis. E acrescentou que ainda há “gordura” para mais revisões.
“Acreditamos que há espaço para um consenso positivo de revisões de lucro, pois os analistas ainda não incorporaram os efeitos positivos trazidos pela aquisição do JK Iguatemi”, destacam os analistas, em outro trecho do relatório.
As ações do Iguatemi estavam sendo negociadas com ligeira alta de 0,74% por volta das 12h18 na B3. No ano, os papéis acumulam uma valorização de 3,5%.