No calendário do mercado de tecnologia, um período, em particular, costuma atrair a atenção de aficionados em todo o mundo: o mês de setembro, quando, tradicionalmente, a Apple anuncia seus principais lançamentos no ano. Entre eles, as novas versões do iPhone, o carro-chefe da companhia.
Nesta terça-feira, 14 de setembro, não foi diferente. Mais de 2 milhões de pessoas acompanharam o evento anual promovido pela empresa da maçã apenas em seu canal no YouTube. E, mais uma vez, a Apple, não decepcionou. Especialmente se for considerado o histórico recente de anúncios da companhia, especialmente sob o comando do CEO Tim Cook, o sucessor de Steve Jobs.
Longe de trazer grandes mudanças, não seria exagero dizer que a Apple reforçou a linha de investir em um “pouco mais do mesmo”, que vem sendo adotada pela empresa já há alguns anos. Mas que segue dando muito resultado junto aos fãs da marca e aos investidores.
Como não poderia deixar de ser, o grande destaque ficou com a apresentação do iPhone 13, além do iPhone 13 Mini, do iPhone 13 Pro e do iPhone 13 Pro Max, esses dois últimos, versões mais robustas e sofisticadas do ponto de vista de recursos quando comparadas ao dispositivo padrão da marca.
Com um design bastante semelhante ao de modelos anteriores, o iPhone 13 traz avanços como uma bateria com autonomia de, no mínimo, 2h30 a mais que seu antecessor, além de melhorias nas câmeras e um novo processador, o A15 Bionic, que promete um desempenho até 50% superior. A Apple também apresentou o iPhone 13 Mini, com características semelhantes, mas com uma tela de 5,4 polegadas.
Os modelos Pro e Pro Max também apresentam melhorias na autonomia das baterias, no processamento e nas câmeras. Entre as novidades, esses aparelhos são equipados com a tela Pro Motion, que, entre outros recursos, se adapta ao que está sendo exibido e reduz o consumo de energia.
Com previsão de disponibilidade no mercado brasileiro a partir de 24 de setembro, a nova linha estará disponível com os seguintes preços iniciais: iPhone 13, R$ 7.599; iPhone 13 Mini, R$ 6.599; iPhone Pro, R$ 9.499; e iPhone Pro Max, R$ 10.499.
Durante o evento, a Apple também mostrou os novos modelos do Apple Watch, seu smartwatch, e dos tablets iPad e iPad Mini. Contrariando as expectativas, a empresa não apresentou a nova versão do seu fone ouvido, o AirPods.
Como se pode ver: oiPhone mudou para continuar sendo o mesmo. Mas independemente disso, a Apple segue faturando bilhões. No acumulado dos três primeiros trimestres de seu ano fiscal, um período encerrado em 26 de junho, a empresa reportou uma receita de US$ 282,4 bilhões, contra os US$ 209,8 bilhões apurados em igual período, no exercício fiscal anterior.
Desse montante, US$ 232,3 bilhões vieram de produtos e US$ 50,1 bilhões de serviços. O iPhone foi, claro, o destaque. Nesse intervalo, o smartphone gerou US$ 153,1 bilhões em receita, ou 54,2% da receita total da Apple.
Desde o seu lançamento, em setembro do ano passado, o iPhone 12, especificamente, vem sendo o grande motor por trás de seguidos lucros trimestrais recorde divulgados pela Apple em seu atual ano fiscal.
Entre abril e junho deste ano, por exemplo, a companhia apurou o maior lucro da sua história para esse trimestre, de US$ 21,7 bilhões, contra US$ 11,2 bilhões, um ano antes.
No mercado de capitais, a empresa também segue em sua trajetória positiva. Em outubro do ano passado, a Apple superou, pela primeira vez, a marca de US$ 2 trilhões em valor de mercado. A barreira de US$ 1 trilhão havia sido ultrapassada em agosto de 2018.
Hoje, a empresa está avaliada em US$ 2,4 trilhões. A cotação de suas ações na Nasdaq mostra, no entanto, que a recepção aos lançamentos não foi exatamente positiva. Por volta das 15h50 (horário local), os papéis estavam sendo negociados a US$ 147,59 no pregão, um recuo de 1,31%.