Pela primeira vez em 11 anos – ou em 20 milhões de milhas – a Waymo abriu as portas para o embarque de investimento externo. A divisão de tecnologia para veículos autônomos do grupo Alphabet, também detentor do Google, levantou US$ 2,25 bilhões em uma rodada liderada pela Silver Lake Partners, Canada Pension Plan Investment Board e Mubadala Investment Company.
Entre os interessados e investidores estão a Magna International, Andreessen Horowitz, e a AutoNation, além de, claro, o próprio grupo Alphabet – que até então vinha "sustentando" sozinho a empresa liderada pelo americano John Krafcik.
Com essa injeção de capital, a ideia é aprofundar os investimentos em tecnologia, operações e equipe, que já conta com cerca de 1,5 mil funcionários.
"Esse aporte é a validação do trabalho que estamos desenvolvendo e de todo potencial que temos. Ainda há muito trabalho pela frente, mas estamos lidando com o primeiro serviço de carona a bordo de um carro completamente autônomo (Waymo One), e também da nossa divisão de entregas, que será chamada 'Waymo Via'", declarou Krafcik com exclusividade ao NeoFeed.
Ainda de acordo com o executivo, a Waymo está prestes a lançar a quinta geração do Waymo Driver, como é chamada a inteligência por trás da tecnologia autônoma.
"Trata-se de uma suíte de hardware totalmente nova, com melhorias em todas as modalidades de detecção, recursos aprimorados para qualquer clima e computação mais poderosa. Esses investidores acreditam no potencial que a Waymo tem para melhorar a segurança no trânsito e tornar a mobilidade mais acessível a todos, e estamos entusiasmados por tê-los como nossos parceiros", afirmou.
A Waymo está prestes a lançar a quinta geração do Waymo Driver, como é chamada a inteligência por trás da tecnologia autônoma
Embora não torne pública a avaliação de mercado que conquistou com o último aporte – um número bastante especulado por Wall Street –, o analista Brian Nowak, da Morgan Stanley, cravou, em setembro, uma avaliação de US$ 20 bilhões.
É, definitivamente, muito dinheiro. Mas está longe do que estimavam algumas avaliações anteriores que cravavam um valor de mercado superior a US$ 150 bilhões.
Cifras generosas como essa são comuns ao setor. A GM, por exemplo, captou US$ 7 bilhões para injetar em sua unidade do modelo Cruise autônomo. Essa rodada, da qual participou SoftBank e a Honda, avaliou em US$ 19 bilhões a operação da GM.
Da mesma maneira, a Volkswagen aportou US$ 2,6 bilhões na startup Argo AI, projeto de carro autônomo da Ford. Isso deu ao empreendimento um valor de mercado de US$ 7 bilhões.
Além de cara, essa corrida pelo carro sem motorista é acirrada, mas a Waymo parecer ter alguma vantagem na pole position. Sob o comando de Krafick, a empresa já está operando seu serviço de carona, em fase de teste, no estado do Arizona e na região de São Francisco.
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