Conectada a serviços de financiamentos, aluguéis de veículos, consórcios e seguros, a mobilidade tem sido um dos carros-chefes do Itaú para ir além das ofertas financeiras. Esse percurso se traduz em um amplo ecossistema. Das bikes e veículos elétricos compartilhados até o marketplace iCarros, as soluções de gestão para concessionárias e revendas, e a plataforma de streaming WTW Play.

A peça que completa essa engrenagem é a fatia de 50% na ConectCar, empresa de “tags” de pagamento automático de pedágios e estacionamentos. Sócio da operação desde outubro de 2015, o banco tornou-se uma das suas principais vias de expansão, respondendo por 30% da base de 1,2 milhão de usuários.

Desde o início de setembro deste ano, a parceria ganhou, porém, uma expansão de atuação. Para ir além da distribuição, o banco lançou a Tag Itaú, tag proprietária do banco, que usa a infraestrutura tecnológica e a rede de aceitação da ConectCar como motor.

O novo modelo traz como grande apelo a isenção de mensalidade no serviço para toda a base de clientes do Itaú, a começar pelos usuários de seus cartões de crédito. E abre caminho para que a adoção dessa tecnologia ganhe, enfim, a velocidade e o alcance devidos nas estradas e cancelas do País.

“Nós saímos de uma lógica de distribuição, que tinha vantagens para alguns clientes, por tempo determinado, para estender o acesso gratuito a esse benefício e essa comodidade aos nossos 60 milhões de clientes”, diz Alexandre Zancani, diretor e membro do comitê executivo do Itaú Unibanco.

CEO da ConectCar, Felix Cardamone acrescenta: “O Itaú nos dá uma magnitude que nenhum outro player teria condições de dar”, afirma. “Estamos trocando um modelo de pequena escala e de crescimento orgânico por um negócio de altíssima escala e de crescimento exponencial.”

A Tag Itaú tem adesão 100% digital, por meio do app da ConectCar. O cliente recebe a tag em até cinco dias e paga apenas uma taxa única de R$ 20 para cobrir os custos de produção e de envio do adesivo. Já a economia anual com a isenção de mensalidade é de R$ 215.

Alexandre Zancani, diretor e membro do comitê executivo do Itaú Unibanco

Alguns dados ajudam a entender as oportunidades embarcadas nessa proposta. Atualmente, os veículos que usam tags de pagamento representam apenas cerca de 10% de toda a frota existente no País, em um mercado total de pagamentos automáticos estimado em 8 milhões de automóveis.

“Só os 20 milhões de donos de veículos da nossa base de clientes já são mais que o dobro desse mercado”, diz Zancani. “E o que queremos, de fato, é democratizar radicalmente o acesso a uma solução que hoje é muito restrita por conta do custo.”

Além do enorme potencial a ser explorado entre os veículos não adeptos das tags, o produto encontra um cenário extremamente favorável em muitos outros indicadores. Com 58% do total transacionado em pedágios, o pagamento via tags cresceu 12,7% nas estradas brasileiras no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

“Há um incentivo nas novas concessões e renovações das concessões de rodovias que já contempla 5% de desconto nas passagens automáticas”, diz Cardamone. “Existe uma mobilização de todo o setor para um aumento do fluxo via tags, pois isso traz redução de custo, fluidez e menor emissão de CO2.”

Nessa direção, ele destaca o novo plano de concessão da Rodovia Presidente Dutra, que prevê, no trecho de Guarulhos (SP), o primeiro projeto-piloto com um sistema sem praças de pedágio e também conhecido como “free flow”, ainda em discussão.

Felix Cardamone, CEO da ConectCar

Ao mesmo tempo, na trilha da pandemia, os pagamentos sem contato movimentaram R$ 53 bilhões de janeiro a julho de 2021, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, alta de 540% na comparação anual. E superior aos R$ 41 bilhões transacionados em todo o ano de 2020.

O contexto positivo é reforçado pelo crescimento de 32% nos emplacamentos de carros comerciais leves no primeiro semestre, o salto de 62,3% nas vendas de usados nesse intervalo e a previsão de 2,16 milhões de novos veículos emplacados até o fim do ano.

Nesse cenário, assim como a Tag Itaú busca ampliar substancialmente os limites do setor, o Itaú enxerga um horizonte que vai muito além das cancelas automáticas. Com o benefício, o Itaú cria mais um apelo para seus clientes ampliarem o relacionamento e as transações com o banco e seu ecossistema de mobilidade.

“Temos estudos que mostram o aumento do engajamento, da vinculação, do tempo de relação e da satisfação dos clientes quando oferecemos soluções diferenciadas como essa”, diz Zancani. “Vamos ter mais capacidade de fidelizar a base e atrair novos clientes com algo que já tínhamos dentro de casa.”

A primeira etapa desse plano está concluída. A isenção da mensalidade foi concedida a todos os clientes de cartões de crédito Itaú que já possuiam o Plano Completo da ConectCar. Uma segunda fase teve início na quinta-feira, 21 de outubro, quando a associação do banco com a ConectCar completou exatos seis anos.

Nesta data, o Itaú deu início a uma campanha com veiculação em TV, canais digitais e mídia out of home, entre outras ações e ativações para comunicar a oferta disponível para todos os clientes que tenham cartão de crédito Itaú e escalar a adesão ao benefício. E já prepara os próximos passos dessa estratégia.

“Iniciamos uma campanha massiva em mar aberto”, afirma Zancani. “E dentro do nosso roadmap do projeto, prevemos a extensão do benefício a todos os correntistas com a possibilidade de pagamento por cartão de débito ou débito em conta.”

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