Em um cenário macroeconômico desafiador, marcado por muita volatilidade no Brasil e no mundo, o BTG Pactual fechou o primeiro trimestre com diversos recordes.

O primeiro deles é que chegou, pela primeira vez, a R$ 2 trilhões de sob gestão e administração, com a asset e a sua área de wealth management ficando com 50% cada desse número.

O lucro líquido ajustado foi de R$ 3,4 bilhões, um avanço de 16,5% em 12 meses. E as receitas totais atingiram R$ 6,8 bilhões, crescimento de 16,1% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Esses dois dados são os melhores em um trimestre na história do BTG Pactual.

O retorno ajustado sobre o patrimônio (ROAE), por sua vez, ficou em 23,2%, o que representa um avanço de 0,4 ponto percentual em 12 meses e 0,2 ponto percentual comparação ao trimestre anterior.

O primeiro trimestre de 2025 foi marcado por forte captação líquida de R$ 105 bilhões. Desse total, R$ 88,1 bilhões foram pela área de wealth managment, dos quais a aquisição do Julius Baer, anunciada em janeiro deste ano por R$ 615 milhões, contribuiu com R$ 60 bilhões.

Fique Por Dentro

Lucro líquido ajustado foi de R$ 3,4 bilhões, alta de 16,5% em 12 meses
Área de corporate lending teve receita de R$ 1,9 bilhão, avanço de 34,5%
Cotação das units do BTG atingiu R$ 40,81, seu maior valor histórico

A aquisição do braço de wealth da JGP, de André Jarkusky, em abril deste ano, deve contribuir com mais R$ 18 bilhões em breve, mas esses dados não entraram no resultado do primeiro trimestre de 2025. A transação ainda está em processo de aprovação.

Com as duas transações, o BTG Pactual passou a administrar cerca de R$ 120 bilhões em sua área de family office.

Outras áreas do BTG Pactual apresentaram também desempenho recorde. Uma delas foi a de “Corporate Lending and Business Banking”, cuja receita foi de R$ 1,9 bilhão, crescimento de 34,5% na comparação anual.

A carteira de crédito somou R$ 230,6 bilhões, avanço de 27% em 12 meses, mesmo com os juros de 14,75%, o mais alto patamar desde julho de 2006. O portfólio de pequenas e médias empresas expandiu 28,2% e atingiu R$ 28,3 bilhões.

O crescimento do crédito pode ser explicado pela diversão geográfica do BTG Pactual, que conta com operações no Chile e na Colômbia na América Latina e na Europa, onde tem com um banco em Luxemburgo.

Em um trimestre marcado por recordes, a área de “investment banking” do BTG Pactual foi a que mais sofreu. A sua receita foi de R$ 380 milhões, uma queda de 42% em 12 meses e 25% na comparação com o último trimestre de 2024.

Sem operações relevantes no mercado de capitais, o que puxou o desempenho do banco de investimento do BTG Pactual foi a emissão de dívidas por parte das empresas.

Mas, segundo apurou o NeoFeed, há expectativa entre os executivos do banco de que com a melhora do cenário brasileiro e global, mais operações do mercado de capitais possam acontecer ao longo de 2025, como “block trade”, em que algum fundo vende sua fatia, e até mesmo follow ons.

O BTG Pactual está avaliado em R$ 190,5 bilhões na B3. Neste ano, as suas units valorizam-se mais de 50%. Em 12 meses, o avanço é de mais de 20%. Cotadas a R$ 40,81 na sexta-feira, 9 de maio, as units estão em seu patamar mais alto.