Em um momento em que as ações de empresas de tecnologia estão as que mais sofrem na B3, o BTG Pactual e a gestora Dynamo estão aumentando suas posições na Mosaico e na Enjoei, respectivamente.
Em fatos relevantes, o banco de investimento e a gestora informaram que assumiram uma posição acima de 5% nas duas companhias, que estão sendo negociadas abaixo do valor de seus respectivos IPOs. A Mosaico caiu 41,3% desde a abertura de capital e a Enjoei, 37%
O BTG Pactual, por exemplo, informou que adquiriu 5,33% das ações ordinárias da Mosaico, dona dos sites Buscapé, Bonfaro e Zoom. O banco de André Esteves já mantinha participação indireta na empresa através de outros veículos de investimento e passou a deter, agora, uma fatia de 13,31% na companhia.
O Dynamo, que já tinha participação no Enjoei, informou que os fundos geridos por ela assumiram uma posição de 5,07% no brechó online. Hoje, a companhia é avaliada em quase R$ 1,3 bilhão.
O movimento de BTG Pactual e Dynamo acontece em meio a uma grande desconfiança com os ativos tecnológicos, por conta de resultados decepcionantes de algumas das empresas.
A Mosaico, por exemplo, observou seu GMV (vendas totais) cair 17,2% para R$ 902 milhões no segundo trimestre deste ano. O número de visitas aos seus sites também despencou 51,3%.
Como antídoto para esse resultado, a companhia anunciou a expansão de seu programa de cashback e um cartão de crédito com dinheiro de volta e garantia de compra com o menor preço.
O Enjoei, por sua vez, mostrou piora em suas margens, apresentou custos mais altos para adquirir clientes, teve uma queda na comissão cobrada dos vendedores e viu crescer as preocupações dos investidores com produtos falsificados vendidos em seu marketplace.