Duas gestoras americanas chamaram a atenção neste mês. Mas não foi por uma tacada certeira de investimento que gerasse um retorno alto.

Em vez disso, as gestoras de ativos alternativos Blackstone e Apollo preferiram concentrar suas atenções em outra direção – para a infelicidade geral da nação e do mercado (ou não).

Ambas "decidiram usar parte da taxa de administração cobrada de seus clientes", segundo um comentário que circulou no mercado, para se aventurarem no YouTube com mensagens de fim do ano.

Mas em vez de uma propaganda mais sóbria, Blackstone e Apollo decidiram ser engraçadinhas (ou ao menos tentaram).

No caso da Blackstone, que tem mais de US$ 1 trilhão sob gestão e gerencia mais de 120 empresas (entre elas estão Legence, Hello Sunshine e Bumble), a gestora decidiu publicar um vídeo em que os próprios funcionários cantam uma música contando a história da companhia.

Com diversas mensagens para que a gestora não seja confundida com a BlackRock, que tem mais de US$ 8 trilhões sob gestão, a gestora dividiu o vídeo de 6 minutos em duas partes.

Durante mais da metade do tempo, os funcionários ficam debatendo a utilidade do vídeo (tal como os espectadores). A parte final, com a música, deixa qualquer um mais vermelho de vergonha alheia do que as roupas do Papai Noel.

O vídeo publicado pela Apollo, que tem US$ 631 bilhões sob gestão, tem o mesmo "tom" do da Blackstone. E os mesmos 6 "intermináveis" minutos de duração (ou não).

A "peça" tem como enredo uma determinação de Marc Rowan, o fundador da Apollo, para “no new toys” dentro da gestora.

Todo o vídeo é baseado em um desentendimento sobre o que o CEO da gestora quer dizer com isso. Os funcionários passam o tempo inteiro lamentando que não vão ganhar brinquedos de presente. Ao fim do vídeo, Rowan esclarece que o termo se refere a não trazer complicações para os negócios.

No Twitter os vídeos não parecem ter conquistado o público. “É para isso que eles pediram para que os funcionários voltassem aos escritórios?”, perguntou um dos internautas.

Outro usuário da rede social questionou quanto tempo foi perdido pelas empresas para que os "videos" com mensagens de Natal fossem produzidas.

A pegada humorística das gestoras (ou a tentativa disso) não é exatamente uma novidade. Outras empresas do setor já entraram nesta onde de criação de conteúdo. Uma delas é a Redpoint que, em sua página no Instagram, costuma publicar vídeos brincando com a suposta rotina de uma gestora de venture capital.