A farmacêutica americana Eli Lilly informou nesta terça-feira, 27 de agosto, que cortou o preço de seu remédio de emagrecimento, o Zepbound, pela metade. Com a movimentação, a empresa busca atingir um novo público que não tem US$ 1 mil para desembolsar mensalmente nas fórmulas oferecidas pelo mercado.

Assim, para ampliar o acesso à indústria que deve movimentar mais de US$ 130 bilhões por ano, a empresa passa a oferecer frascos de dose única de Zepbound de 2,5 miligramas e 5 miligramas por US$ 399 e US$ 549 por mês, respectivamente.

Com a nova política de preços, a farmacêutica também espera reduzir o mercado de medicamentos falsificados, que vem crescendo nos Estados Unidos.

“Esse preço não será alterado e acreditamos que isso é super importante para que os consumidores tenham essa previsibilidade em termos de gastos mensais”, afirmou Patrik Jonsson, presidente de diabetes e obesidade da Eli Lilly.

Diferentemente dos concorrentes como o Ozempic, da Novo Nordisk, que usa uma caneta aplicadora com agulha embutida, o novo Zepbound necessita de seringa e agulha para retirar o medicamento de um frasco e se injetar. Para a farmacêutica, este formato cria uma capacidade adicional de fornecimento já que são mais fáceis de fabricar do que as canetas autoinjetoras.

Concorrência

Todo mundo quer uma fatia do mercado de emagrecimento. Apesar da Novo Nordisk e da Eli Lilly estarem à frente nessa disputa, em grande parte por terem desbravado o mercado, empresas como a Pfizer também estão buscando seu lugar ao sol com sua pílula de dose única. A suíça Roche também está na disputa.

No Brasil, foi inaugurada na última semana uma fábrica da EMS, conhecida por produzir remédios genéricos, que também está buscando oferecer os compostos das gigantes a um preço mais acessível no país.