Nos últimos meses, o Grupo Sabin realizou diferentes movimentos para expandir sua operação. Os negócios envolveram M&As de empresas como Amparo Saúde, CML, Hemos e Daycon. Nesta quinta-feira, 29 de setembro, o grupo de saúde se mexeu novamente e fez a aquisição da rede de laboratórios Bioanálise.

O acordo firmado nesta tarde envolve o pagamento de R$ 32 milhões pela compra de 80% da rede de laboratórios. Fundada em 1997 e atualmente com 280 funcionários, a Bioanálise tem 25 unidades espalhadas no Maranhão e no Piauí.

Com a aquisição que estava sendo negociada desde o começo deste ano, o Grupo Sabin expande sua operação no Nordeste, onde o grupo antes estava limitado somente às unidades presentes na Bahia. “É um movimento que reforça o projeto de expansão geográfica que começamos há uma década”, diz Lídia Abdalla, presidente do Grupo Sabin, ao NeoFeed.

Com a aquisição, o Grupo Sabin agora concentra 350 unidades em 15 estados, além do Distrito Federal. Ao todo são 78 cidades atendidas. “A gente está presente também no interior. Não queremos crescer apenas nas capitais”, afirma Lídia. Sobre a região Nordeste, a executiva diz que há a intenção de desembarcar em outros estados, mas isso ainda está sendo estudado.

Com 2 milhões de exames realizados no ano passado, a Bioanálise deve impulsionar a operação do Grupo Sabin. No mesmo período, o grupo de saúde realizou 60 milhões de exames para 6,5 milhões de clientes. A previsão para este ano, antes da aquisição, era atender 7 milhões de pacientes.

Em relação às finanças, a companhia ainda não faz uma estimativa de quanto pretende obter de faturamento em 2022, mas deverá crescer. No ano passado, com o impacto da covid-19, o Grupo Sabin cresceu 25% e registrou receita de R$ 1,5 bilhão.

Lídia Abdalla, presidente do Grupo Sabin

De acordo com Lídia, o grupo de saúde continuará mantendo o ritmo de investimento de cerca de R$ 100 milhões no ano para 2023. O montante é utilizado para o crescimento orgânico da operação, tecnologia e aquisições.

“A estratégia de expansão envolve crescimento orgânico e inorgânico”, diz Lídia. “Com aquisições, a gente já chega com uma base maior, com unidades prontas e credenciamento com as operadoras de saúde. Depois, expandimos a operação organicamente.”

No caso da Bioanálise, a previsão é inaugurar mais cinco unidades nos próximos dois anos. As novas unidades devem ser abertas já sob a marca Grupo Sabin. Já as unidades antigas devem adotar a nova marca num período de dois anos.