Enquanto aguarda a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a fusão com o Fleury, anunciada em junho deste ano e avaliada em R$ 2,5 bilhões, o Hermes Pardini segue ativo no campo dos M&As.
O grupo mineiro de medicina diagnóstica acaba de anunciar a aquisição de 100% do capital social do HSB, laboratório especializado em anatomia patológica, cipatologia e imuno-histoquímica - exames de alta complexidade para o diagnóstico em oncologia, em um acordo que avalia o ativo em R$ 11 milhões.
Sediado em Belo Horizonte (MG), o HSB foi fundado em 1969 pelo médico patologista Hugo Silviano Brandão e manterá a sócia Laura Silviano Brandão à frente da operação. O Hermes Pardini destacou que a compra da empresa “conterrânea” reforça e expande suas fronteiras em uma das linhas do seu portfólio.
“A incorporação favorece a expansão da unidade de negócio Anatomia Patológica do Grupo Pardini ao se unir a uma marca forte e reconhecida neste mercado, somando patologistas experientes e reconhecidos, e ampliando o acesso a exames de alta complexidade para diagnóstico de cânceres”, informou o grupo.
Em fato relevante, o Hermes Pardini ressaltou ainda que o investimento traz um ganho de infraestrutura em uma unidade produtiva de alta especialização e envolve sinergias com outras marcas do grupo, além de abrir caminho para reduções de custo logístico e a ampliação da captação de exames anátomos-patológicos.
Ao mesmo tempo, a empresa frisou no comunicado que a operação de Anatomia Patológica é uma das portas de entrada para a Medicina Personalizada, outra linha relevante do portfólio do grupo.
Esse é a quarta movimentação dentro da estratégia inorgânica do Hermes Pardini em 2022. Além da fusão com o Fleury e do acordo dessa terça-feira, o grupo anunciou a compra da CSV, no Espírito Santo, em setembro; e a aquisição da rede DaVita Health Care, em São Paulo, no mês de fevereiro.
Com a divulgação do seu balanço do terceiro trimestre marcada para a próxima semana, o Pardini reportou uma receita bruta de R$ 558,7 milhões entre abril e junho desse ano, além de um volume recorde de 41,1 milhões de exames no período.
A companhia está avaliada em R$ 2,91 bilhões. Suas ações encerraram o pregão dessa terça-feira cotadas a R$ 22,99, queda de 1,12%. No acumulado de 2022, porém, os papéis registram uma valorização de 19,1%.