O lucro do Inter vem crescendo de forma consistente nos últimos trimestres, acompanhando a projeção da companhia de atingir 60 milhões de clientes, 30% de ROE (retorno sobre patrimônio) e 30% de índice de eficiência até 2027.
No segundo trimestre de 2024, o banco reportou lucro líquido recorde de R$ 223 milhões, alta de 248% na comparação com o mesmo período do ano passado. Somado ao resultado divulgado no trimestre anterior, a companhia lucrou R$ 418 milhões no primeiro semestre, ultrapassando os R$ 352 milhões registrados em todo o ano de 2023.
“Nós construímos uma plataforma que cresce além do mercado e, à medida que engajamos nossos clientes em todas as nossas sete verticais de negócio, vemos ótimos resultados financeiros como estes”, diz João Vitor Menin, CEO global do Inter.
Além do lucro, outros indicadores confirmam o semestre forte para o Inter. O retorno sobre o patrimônio (ROE) atingiu a casa dos dois dígitos pela primeira vez, totalizando 10,4%, um crescimento de 6,8 pontos percentuais (p.p.) no ano. Em relação ao trimestre anterior, o ROE cresceu 0,7 p.p., em sua sexta alta consecutiva.
“O modelo de banco digital nos possibilita continuar crescendo de forma significativa ao mesmo tempo em que mantemos as despesas em um patamar mais baixo, nos ajudando a bater esses recordes de rentabilidade nos últimos trimestres”, afirma Santiago Stel, CFO do Inter. “Além disso, continuamos diversificando nossos produtos e serviços, o que também ajuda nesses números.”
O índice de eficiência avançou para 47,9% ante os 47,7% vistos no trimestre passado (neste caso, quanto menor, melhor). Segundo o CFO, a diferença pode ser justificada pelo aumento de investimentos em marketing, contratações e em tecnologia. “Apesar do leve recuo nas nossas expectativas no trimestre, estamos muito mais próximos do que esperávamos da meta dos 30%”, diz Stel.
Agora, o Inter está apostando nos clientes PJ. Para isso, a companhia adquiriu a Granito no fim de maio, empresa especializada em pagamentos. Rebatizada de Inter Pag, a vertical passa a integrar o TPV, indicador do volume total de transações financeiras processadas da empresa. No trimestre, esse volume atingiu R$ 290 bilhões, alta de 47% no ano.
No trimestre, a empresa viu sua base de clientes crescer 1,3 milhão, totalizando 33 milhões. Desse total, 18,4 milhões estão ativos, pouco mais de 55% deles.
No quesito inadimplência, o indicador de 90 dias atingiu 4,7% ante os 4,8% registrados no primeiro trimestre do ano. “Não é um avanço gigantesco, mas nos mostra que a curva está melhorando e que temos muitas informações para trabalhar junto aos nossos clientes nos próximos meses”, afirma Stel.
Listado na Nasdaq, a ação do Inter acumula alta de 17,8% no ano. O valor de mercado do banco digital é de US$ 2,85 bilhões.