A base de fãs do Onlyfans está aumentando assim como seus ganhos com conteúdo. De acordo com a companhia, a plataforma, que é mais conhecida por permitir a comercialização de conteúdo adulto, movimentou em sua operação global US$ 5,6 bilhões no ano passado. O crescimento é de 16% em relação ao ano anterior.

Os dados foram divulgados na noite de quinta-feira, 24 de agosto, pela Fenix International, a controladora do Onlyfans. A companhia também informou que o número de criadores de conteúdo aumentou 47%, para 3,2 milhões, e o número de usuários totais soma 238,8 milhões, uma alta de 27%.

Os dados financeiros também mostram que a receita da empresa aumentou 17%, para US$ 1,09 bilhão, em 2022. O resultado rendeu US$ 338 milhões em dividendos para Leonid Radvinsky, empresário ucraniano que é sócio majoritário da plataforma.

Fundado em 2016, o Onlyfans é uma das maiores plataformas que possibilita que qualquer pessoa possa oferecer conteúdo para um grupo de usuários disposto a pagar uma assinatura e ter acesso a fotos e vídeos. Para ganhar dinheiro, a companhia retém cerca de 20% de cada assinatura feita na plataforma.

A empresa não faz distinção de sua receita, mas é certo que uma parte das cifras movimentadas na plataforma se dá pelo conteúdo publicado por algumas celebridades. Em 2021, a rapper americana Cardi B faturou US$ 9,3 milhões com sua página na plataforma. A ex-maquiadora americana Blac Chyna, por sua vez, ganhou mais de US$ 20 milhões no mesmo ano.

No Brasil, o Onlyfans é utilizado por nomes que vão desde a cantora e empresária Anitta, que cobra US$ 4,99 pela assinatura de sua página, até a atriz Rita Cadillac, que oferece conteúdo exclusivo por US$ 10 por mês no site.

Ao mostrar resultados positivos, o Onlyfans rema contra uma corrente de quedas nos números da chamada "creator economy". No segundo trimestre de 2021, o setor movimentou mais de US$ 2,5 bilhões nos EUA. Para o mesmo trimestre deste ano, a cifra esperada era de menos de US$ 500 milhões, segundo o The Information.