No fim de outubro, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, veio a público divulgar a criação da Trump Media & Technology Group para criar uma rede social batizada de Truth Social, uma resposta ao fato de ter sido banido de redes sociais como o Twitter e o Facebook.
A operação seria listada na Nasdaq, por meio de uma fusão com a Digital World Acquisition Corp., um SPAC (special purpose acquisition company). Em outubro, os papéis do SPAC explodiram, saindo de US$ 10 para US$ 175, uma valorização de mais de 17 vezes. Agora, elas estão cotadas US$ 44,35, uma queda de quase 75% desde o pico. O motivo? A Truth Social não cumpriu a sua primeira promessa.
A plataforma teria uma primeira versão beta para convidados em novembro e ganharia escala a partir do primeiro trimestre de 2022. Durante todo o mês de novembro, no entanto, não houve qualquer anúncio a respeito dessa versão inicial. Ou qualquer mudança na página que daria acesso à rede, que segue apenas com um cadastro para uma lista de espera.
A princípio, a Truth Social seria o ponto de partida para a oferta de outros produtos e serviços. Entre eles, uma plataforma de vídeo sob demanda com notícias e podcasts, e até mesmo um serviço de nuvem para rivalizar com a Amazon Web Services (AWS), braço de tecnologia da Amazon.
Segundo reportagem da agência Reuters, a nova empresa de Trump tenta agora captar até US$ 1 bilhão com a venda de parte das ações para fundos de hedge e family offices, a um preço superior à sua avaliação antes da fusão.