Plataforma B2C de locação de veículos, a brasileira Turbi já captou mais de R$ 400 milhões desde a sua fundação, em 2017. E agora, está reservando espaço para mais uma injeção de recursos, que, como combustível, conta com o apoio do maior banco privado do País.

A empresa anunciou uma captação, via debêntures, de R$ 156 milhões. A emissão teve a participação do Itaú Unibanco, com um aporte de R$ 125 milhões, além da Credit Saison, empresa japonesa de serviços financeiros.

No caso do Itaú, a oferta teve a participação de diferentes áreas da operação, com investimentos realizados pelo book proprietário da tesouraria e pelo balanço do próprio banco, juntamente com recursos da Itaú Asset.

“Contar com a participação desses investidores representa um selo importante da qualidade de crédito da Turbi, já que são bolsos historicamente reconhecidos no mercado pela seletividade, rigor analítico e disciplina de investimento”, disse, em nota, Eduardo Portelada, diretor de RI da Turbi.

Já o cofundador e CEO da companhia, Daniel Prado, ressaltou o momento da empresa, ao observar que operação tem dobrado de tamanho a cada ano, o que tem se refletido em recorde de receita e margens. Além de destacar o fato de o Itaú embarcar na nova captação, bem como o destino dos recursos.

“Esta transação também representa nossa maior transação de financiamento veicular, com um dos maiores bancos brasileiros como o Itaú”, afirmou Prado.

O valor levantado será aplicado integralmente à aquisição de veículos para a ampliação da frota. Segundo a companhia, com o montante, a operação chegará à marca recorde de aproximadamente 7 mil carros, um crescimento de mais de 100% sobre setembro de 2024.

Em seu modelo, a Turbi oferece locação de uma hora até diárias e assinaturas mensais, a partir de veículos posicionados em cerca de 300 estacionamentos parceiros localizados em 12 cidades da região da Grande São Paulo. O serviço é contratado 100% no digital.

Até então, a empresa havia levantado cerca de R$ 43o milhões junto a investidores como Arc Capital, EXT Capital, Domo.VC e Carbyne Investimentos. Em sua última rodada, em fevereiro deste ano, a Turbi captou R$ 72 milhões.

Com a projeção de encerrar o ano com uma receita próxima de R$ 500 milhões, a Turbi fechou o segundo trimestre com uma receita líquida de R$ 82 milhões, o que representou um crescimento de 36,9% sobre igual período de 2024.

Entre abril e junho, a receita da unidade de negócios de locação de veículos teve um salto de 35%, para R$ 52,7 milhões. Já o braço de venda de veículos seminovos, o avanço foi de 40,4%, para R$ 29,3 milhões.

Nessa última frente, a Turbi acaba de inaugurar duas lojas, como parte de um movimento para ampliar sua receita média de venda por veículo. Os seminovos já respondem por cerca de 30% da receita. Em 2024, 1,3 mil veículos foram comercializados. Para esse ano, a projeção é superar a marca de 2 mil.