A V.tal, empresa de rede de fibra neutra controlada por fundos geridos pelo BTG Pactual, comprou a operação de clientes de fibra óptica da Oi por R$ 5,683 bilhões, que será dividida em três empresas diferentes.
O valor é abaixo dos R$ 7 bilhões que a Oi gostaria de receber, mas muito acima do que ofereceu a Ligga, empresa de telecomunicações de Nelson Tanure, que apresentou R$ 1 bilhão no primeiro leilão, em agosto deste ano.
Os credores da Oi precisam aprovar a proposta da V.tal. Mas, desta vez, a expectativa é que o acordo seja selado, segundo fontes com as quais o NeoFeed conversou. A transação não envolve dinheiro e será paga com o abatimento de dívidas e em ações da V.tal
A V.tal, quando o acordo ser concluído, vai ser dividida em três, como havia antecipado o NeoFeed, em reportagem que contava os planos do BTG Pactual para os clientes de fibra óptica da Oi.
Os mais de 4 milhões de clientes de fibra óptica da Oi vão fazer parte de uma nova empresa, conforme havia antecipado o NeoFeed. Ela terá outro nome (ainda não definido) e será comandada por Márcio Fabbris, ex-vice-presidente de clientes da Vivo. A ideia é que ela seja uma empresa independente que dispute mercado com Vivo, Claro e TIM, além das operadoras chamadas competitivas.
A outra empresa reunirá os ativos de data centers da V.tal e será comandada por Pedro Henrique Fragoso. E, por fim, a V.tal manterá seu foco de atuação como uma empresa de rede neutra, que presta serviços para diversas empresas de telecomunicações.
Amos Genish, que é o CEO da V.tal, vai para o conselho de administração e atuará como chairman, sem função executiva. Em seu lugar, assume Felipe Campos, que era vice-presidente da V.tal e tem passagens por Vivo e AT&T.
De janeiro a junho de 2024, a receita da V.tal chegou a R$ 3,6 bilhões, alta de 32%. O Ebitda foi de R$ 2,5 bilhões com uma margem Ebitda de 67%. O lucro registrou crescimento de 209% em comparação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 610 milhões.