A XP atingiu uma captação de R$ 32 bilhões no segundo trimestre, alta de 119% em comparação ao trimestre passado e 44% no recorte anual, de acordo com o balanço financeiro divulgado pela companhia na terça-feira, 13 de agosto, após o fechamento do mercado. No período, os ativos sob custódia da XP atingiram R$ 1,1 trilhão, alta de 14% no ano.

A base de clientes da companhia também cresceu 15% em relação ao mesmo período de 2023, atingindo 4,6 milhões.

Segundo o novo CFO da companhia, Victor Mansur, esses dados foram impulsionados pelo segmento de varejo, que cresceu 14% e foi responsável por R$ 3,2 bilhões da receita total, que atingiu R$ 4,5 bilhões, avanço de 21% ano a ano.

Seguindo os parâmetros do primeiro trimestre do ano, a renda fixa continua chamando a atenção da instituição com valorização de 42% no ano contra ano, alcançando R$ 820 milhões em receita.

“A renda fixa representa 25% da nossa receita em varejo e aumenta a nossa relevância dentro do segmento. Com ela, é possível perceber a eficiência que temos em criar novos produtos, ativos de crédito privado e notas estruturadas com lastro, que vem sendo reforçada trimestralmente”, diz Mansur.

No varejo, a plataforma de fundos também se destacou e somou R$ 357 milhões, um incremento de 13%. A renda variável, por sua vez, cresceu 5% no período e se manteve responsável por mais de R$ 1,1 bilhão na receita bruta.

Desta forma, a companhia registrou lucro líquido recorde de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre, alta de 14% em comparação ao mesmo período de 2023. A receita bruta da XP também bateu recorde, atingindo R$ 4,5 bilhões, avanço de 21% na comparação anual.

A companhia, que está em processo de mudança societária interna para dar destaque a sua vertical bancária, afirmou que os “outros serviços”, que incluem cartões de crédito e seguros, também tiveram uma performance importante nos últimos três meses. Cartões foram responsáveis por R$ 313 milhões da receita bruta, alta de 35% na comparação anual, enquanto seguros avançaram 45%, totalizando R$ 51 milhões no período.

“Esses dados reforçam a nossa estratégia de venda cruzada, que incentiva os clientes a terem mais valores sob custódia e também aumenta o seu valor gasto dentro da plataforma, tudo isso na base do cartão de crédito”, afirma Mansur.

Com a nova posição do banco, a XP espera conseguir baratear o capital e também o financiamento, pela emissão de dívida subordinada.

Segundo o relatório, a vertical de Grandes Empresas e Mercado de Capitais também registrou uma elevação expressiva na receita bruta, passando de R$ 283 milhões no ano para R$ 629 milhões, crescimento anual de 122%. No período, o índice de eficiência da XP atingiu 36,1%.

Com esses dados, os executivos da XP estão confiantes que atingirão o guidance estipulado para 2026. No documento, divulgado no fim de 2023, a companhia reportou que projeta chegar a R$ 22,8 bilhões em receita bruta no período.

Em queda de 27,9% no ano, a ação da XP na Nasdaq registrava alta de 6,5% no after market de terça-feira, 13 de agosto. O valor de mercado da companhia era de US$ 10,1 bilhões.