Quando a gestora Tarpon foi criada, em 2002, os seus fundadores, Zeca Magalhães, Pedro Faria e Eduardo Mufarej, escolherem o nome de um peixe prateado encontrado na costa brasileira para representar a busca incessante pelas grandes e maiores oportunidades de negócio.

Ao longo de 15 anos, a gestora fez diversas apostas certeiras, como Arezzo, BrasilAgro e Ômega. E outras nem tanto, como a BRF. Nos últimos anos, no entanto, a Tarpon está se reinventando, criando um ecossistema de gestoras com focos de atuação bem definidos.

“Eu costumo brincar que é a Tarpon 4.0”, diz Pedro de Andrade Faria, sócio da Tarpon e da Kamaroopin, ao Café com Investidor, programa do NeoFeed que entrevista os principais fundos de private equity e venture capital do Brasil. “Se o mundo de investimentos fosse um parque de diversão, nós já teríamos andado em todos os brinquedos.”

A Kamaroopin, que é o nome popular do peixe Tarpon, é uma das gestoras da SK Tarpon (SK de silver king, como é conhecido também o Tarpon). As outras são a Tarpon Capital (que investe em ativos na bolsa), a Niche Partners (teses de nicho, sendo a primeira delas em logística), 10b (que foca no agronegócio) e a Ômega (uma empresa de energia renovável).

Na entrevista que você assiste no vídeo acima, Faria detalha a tese de investimento da Kamaroopin, que tenta identificar as mudanças de hábitos dos consumidores, apostando em empresas com modelos de negócios potencializados pela tecnologia. “E a primeira delas é no mundo dos pets, com a Petlove, que ganhou um papel relevante no mundo moderno”, diz Faria.

Na Petlove, a Kamaroopin é um acionista de referência e tem até um acordo de acionistas com Marcio Waldman, o fundador e CEO da companhia, um e-commerce de produtos para cães e gatos. Isso se manteve mesmo após a entrada de novos investidores, como o Softbank, L Catterton e a Porto Seguro.

Esse investimento ilustra bem como a Kamaroopin se posiciona atualmente, buscando uma posição relevante, com investimentos que ao longo do tempo miram chegar a R$ 500 milhões, com capital proprietário dos sócios da gestora e de investidores institucionais.

Além do mundo pet, a Kamaroopin investe também na Zenklub, de saúde mental, e Faria explica como as duas teses se conectam (você vai se surpreender pelo motivo).

Faria fala também de sua trajetória profissional. Ele começou a atuar no Pátria (quando ainda se chamava Patrimônio) e depois criou a Tarpon e teve passagens por várias empresas investidas pela gestora, como conselheiro e executivo. Ele comenta também o período em que atuou como presidente da BRF, fusão da Sadia e Perdigão, em um momento bem conturbado da empresa.

Assista a mais um episódio do Café com Investidor no vídeo acima.