A Shield AI, startup de inteligência artificial para defesa de aeronaves e drones autônomos, atingiu um valuation de US$ 5 bilhões após levantar uma rodada de cerca de US$ 200 milhões, de acordo com o Financial Times.

A captação contou com a participação de grandes nomes da indústria de venrure capital como Palantir, Airbus e L3 Harris, além de fundos como Andreessen Horowitz, Point72 e Riot Ventures.

O novo valor de mercado da companhia, que chegou perto de dobrar os US$ 2,8 bilhões atingidos no ano passado, foi impulsionado pelo crescimento no apetite dos investidores por companhias beneficiadas pelo maior orçamento do governo americano em segurança nacional, que chega a US$ 850 bilhões.

Na prática, a Shield AI desenvolve softwares voltados para aeronaves e drones autônomos com base na tecnologia chamada "Hivemind", que permite que esses equipamentos operem sem depender de GPS, comunicações ou pilotos humanos.

“Pilotos de IA revolucionarão os campos de batalha e a aviação comercial em uma escala ainda maior do que o movimento de veículos autônomos que está transformando nossas rodovias”, afirmou a empresa. “Nossa missão é proteger militares e civis com sistemas inteligentes”.

O software já está sendo incorporado por outras empresas do setor, incluindo grandes empresas do segmento como Lockheed Martin e Raytheon.

A movimentação mostra um avanço no segmento como um todo. Segundo o FT, gigantes de defesa dos Estados Unidos, como Palantir e Anduril, estão em negociações com diversos concorrentes para criar um consórcio para desenvolver novos contratos no setor. A Shield AI está entre as empresas que devem fazer parte do grupo.

Com essas iniciativas, as ações da Palantir subiram 330% no último ano, elevando seu valor de mercado para mais de US$ 160 bilhões. A Anduril também foi avaliada em US$ 14 bilhões no ano passado.

Nesta semana, o novo secretário de Defesa por Donald Trump, Pete Hegseth, destacou a importância de focar no desenvolvimento de armamentos por meio da competição e da inovação.

No discurso, ele elogiou as iniciativas do Vale do Silício, afirmando que “pela primeira vez em gerações, elas demonstram disposição, desejo e capacidade de levar suas melhores tecnologias ao Pentágono”.