A Telefônica Vivo é mais uma empresa a aderir à onda dos fundos de corporate venture capital. A companhia anunciou nesta segunda-feira, 11 de abril, que o seu Conselho de Administração aprovou a constituição da Vivo Ventures, seu veículo sob esse modelo.
O projeto é fruto de uma parceria com a Telefónica Open Innovation. A Vivo Ventures nasce com um aporte estimado de R$ 320 milhões, que serão investidos ao longo dos seus cinco primeiros anos de operação.
Nos termos da operação, a Telefônica Vivo será titular de 98% do capital subscrito na Vivo Ventures, enquanto a Telefónica Open Innovation responderá pelos 2% restantes.
Com foco em acelerar o crescimento do ecossistema B2C da operadora, o fundo irá investir em startups nos segmentos de saúde, finanças, educação, entretenimento, casa inteligente e marketplace, entre outras áreas.
No comunicado, a Telefônica Vivo não faz menção se a iniciativa traz algum reflexo para a Wayra, aceleradora da operadora espanhola cuja versão brasileira foi criada em 2012 e investiu em empresas como Trocafone, Gupy e Teravoz.
A empresa não é a única do setor de telecomunicações a apostar nessa aproximação com as startups. Na semana passada, a mineira Algar Telecom anunciou o lançamento da Algar Telecom Venture Builder em parceria com a FCJ Venture Builder e consultoria da Brain, centro de inovação da própria operadora.
O novo braço da Algar irá acelerar, desenvolver e investir em startups, com foco inicial em três áreas: experiência digital no atendimento ao cliente; sustentação das operações e tecnologias digitais da empresa; e criação de negócios e produtos digitais.
Segundo a companhia, no primeiro ano de operação da Algar Telecom Venture Builder, o plano é incluir sete startups na iniciativa. Em cinco anos de operação, a projeção é chegar a 40 empresas nesse portfólio. A Algar não revelou o montante disponível para o projeto.