A Azimut Wealth Management, um dos maiores grupos europeus de gestão de patrimônio com € 107 bilhões sob gestão e presente em 20 países, projeta crescer € 10 bilhões em 2025. E o Brasil, onde o grupo está há 11 anos, é uma peça central nesse plano.

O País foi eleito pelo grupo como uma das suas regiões prioritárias e enfrentou uma reestruturação em 2022 para crescer de acordo com as expectativas. De acordo com o CEO da Azimut Brasil, Wilson Barcellos, o êxito desse processo está aparecendo agora - o que vai ajudar a empresa a mais que dobrar os seus R$ 12 bilhões sob gestão nos próximos anos.

“Passamos por um processo difícil de mudança de cultura, mas agora estamos colhendo resultados fantásticos. Não tem como a Azimut Brasil não ter R$ 30 bilhões nos próximos anos”, afirmou Barcellos em entrevista ao Wealth Point, programa do NeoFeed.

A estratégia para chegar lá passa tanto por crescimento orgânico como aquisições. Barcellos afirma que tem conversado com muita gente para encontrar principalmente profissionais de peso.

“Estamos olhando mais para CPFs do que para CNPJs com AuM. Não estamos querendo comprar carteiras. Estamos convidando bons profissionais e com carteiras relevantes para serem sócios e se juntar à empresa”, disse ele na entrevista que você assiste no vídeo acima.

Diferentemente de outros grupos estrangeiros, a Azimut atua no Brasil fazendo a gestão onshore e offshore. E tem três frentes de atendimento: gestão de patrimônio discricionária, para carteiras acima de R$ 25 milhões; consultoria de investimentos, para tíquetes acima de R$ 10 milhões; e atendimento digital para quem tem a partir de R$ 1 milhão.

Ele conta que há dois movimentos de mercado que favorecem esse trabalho interno. O primeiro é que os brasileiros estão cada vez mais internacionalizando os seus investimentos, e entendendo o valor da diversificação e de uma gestão verdadeiramente global.

E o segundo ponto é que a concorrência com outros players internacionais vem diminuído. Nos últimos anos, grandes instituições globais de grandes fortunas deixaram de operar localmente no Brasil, entre elas o BNP Paribas e mais recentemente o Julius Baer.

“Estamos no caminho oposto dessa onda. De fato os grandes bancos locais tem recuperado espaço. Mas isso é cíclico, e com a queda na taxa de juros vai mudar. Mas uma coisa que eu posso afirmar é que a Azimut veio para o Brasil para ficar”, diz o CEO.