A gestora de recursos VBI Real Estate, com cerca de R$ 10 bilhões sob gestão que tem o Pátria Investimentos como sócio, encerrou a oferta da 5ª Emissão de seu fundo logístico (LVBI11) captando o montante de, aproximadamente, R$ 220 milhões.

Essa é quinta captação para quatro fundos da gestora somente neste ano, somando mais de R$ 1,5 bilhão, incluindo a captação de R$ 545 milhões para seu fundo de lajes corporativas. Em um mercado que está bastante aquecido com a perspectiva de queda na taxa de juros e oportunidade de compra de ativos há um bom preço no mercado.

Após a conclusão dessa mais recente emissão, o Fundo FII VBI Logístico soma um patrimônio líquido de cerca de R$ 1,9 bilhão. O dividend yield estimado no primeiro ano é de 9,2% e um rendimento mensal esperado de R$ 0,90 por cota.

Segundo a gestora, o objetivo da captação será a desalavancagem do fundo por meio do pré-pagamento do certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), a geração de caixa para obrigações futuras (que incluem a pagamento da segunda parcela do ativo Cajamar, no valor de R$ 74 milhões) e a expansão do ativo Pirituba, no valor de R$ 26 milhões.

Pirituba está no portfólio do fundo desde junho de 2020, tendo sido desenvolvido no formato build-to-suit para uma empresa multinacional. O ativo possui localização privilegiada, a apenas a quatro quilômetros (km)da Marginal do Rio Tietê e a menos de 10 kms do rodoanel Mário Covas.

Nessa expansão, o ativo de 12.340 m² adicionará até 7.098 m² de área bruta locável. Na visão da gestora, ele deve gerar um yield de desenvolvimento estimado em 12,9% ao ano e R$ 0,03/mês na receita imobiliária.

Já o ativo de Cajamar, adquirido pelo fundo em setembro de 2021, está estrategicamente localizado e com acesso direto à rodovia Anhanguera. Localizado em uma região valorizada, que faz parte do raio de 30 km da cidade de São Paulo, o empreendimento faz parte de um condomínio logístico composto por três galpões e teve seu habite-se emitido em agosto de 2022. O pagamento da segunda parcela da aquisição está previsto para o terceiro trimestre deste ano.

Em entrevista no fim de 2023 para o NeoFeed, Rodrigo Abbud, CEO e fundador da VBI Real Estate, afirmou que 2024 seria um bom momento para comprar bons ativos no mercado: “As empresas ainda estão com dificuldade de acessar crédito e estão buscando soluções para gerar caixa, como a desmobilização de ativos ou emissão de papeis com lastro imobiliário”.

E não é só a VBI que acredita nisso, e muitas outras gestoras estão tentando levantar capital para fazer boas compras. Segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários, estão sendo analisadas 11 ofertas primárias de fundos imobiliários somando mais de R$ 2,5 bilhões.