A Nvidia encerrou como a empresa mais valiosa do mundo. Avaliada em US$ 3,33 trilhões na Nasdaq, a fabricante de chips semicondutores atingiu o topo ao ultrapassar Microsoft e Apple, que têm valor de mercado de US$ 3,31 trilhões e US$ 3,28 trilhões respectivamente.
A marca expressiva consolida a arrancada da Nvidia. A empresa mais do que triplicou seu valor de mercado nos últimos doze meses. Há dois anos, a empresa valia US$ 300 bilhões. A valorização no intervalo de cinco anos é ainda mais impressionante: as ações subiram mais de 3.400%.
O que mais chama a atenção é a velocidade da escalada trilionária da companhia. A Nvidia atingiu a marca de US$ 2 trilhões em valor de mercado em fevereiro deste ano, o que significa que precisou de cerca de quatro meses para superar a barreira de US$ 3 trilhões.
A ação da Nvidia encerrou o pregão de terça-feira, 18 de junho, com valorização de 3,51%, aos US$ 135,58. Em 2024, o papel acumula ganho de 181,5%.
Essa ascensão tem nome e sobrenome: inteligência artificial. A empresa vem se beneficiando da necessidade de empresas por chips semicondutores que permitam que seus softwares funcionem de forma adequada.
Ainda que não seja a única desenvolvedora de chips, a companhia fundada em 1991 saiu na frente de suas concorrentes.
A Nvidia detém atualmente mais de 80% do mercado de chips semicondutores de inteligência artificial voltados para data centers. Empresas como Microsoft, Alphabet, Amazon e Meta também possuem iniciativas neste mercado, mas correm por fora.
No último trimestre, a Nvidia registrou um crescimento de 427% em sua receita proveniente desta divisão. A cifra registrada foi de US$ 22,6 bilhões, o que representa 86% da receita total que ficou acima de US$ 26 bilhões no trimestre. Já o lucro aumentou sete vezes no trimestre para US$ 14,8 bilhões.
São números que fazem o mercado seguir otimista com a fabricante de chips. No fim do mês passado, a analista de tecnologia Beth Kindig, do I/O Fund, especializado em ações de tech growth, estimou que a companhia pode atingir valor de mercado superior a US$ 10 trilhões até 2030.
Quem comemora esses resultados – e estima pelos US$ 10 trilhões em um futuro não tão distante – é Jensen Huang, cofundador e CEO da Nvidia. Acionista da companhia, ele agora é a 11ª pessoa mais rica do mundo ao deter uma fortuna de US$ 117 bilhões, segundo a Forbes.
A dúvida é sobre a sustentabilidade de alta da Nvidia no médio e longo prazo. Para o curto prazo, a confiança segue firme. Apenas um de 72 analistas ouvidos pela Bloomberg recomenda a venda da ação.