Foi durante um evento em Dallas (EUA), em 2010, que os brasileiros Rafael Forte e Alexandre Soncini, sócio das WX7, empresa de e-commerce, conheceram o conterrâneo Mariano Gomide, um dos fundadores da VTEX, também dona de uma plataforma de comércio eletrônico.
De volta ao Brasil, Gomide fez uma proposta à dupla: unir as duas operações e construir algo maior, sob a bandeira da VTEX. Em 2011, o acordo foi fechado e, de lá para cá, a empresa ganhou, de fato, musculatura.
Entre outros movimentos, a VTEX atraiu mais de R$ 2 bilhões em aportes. O último deles, em setembro, foi liderado pelos fundos Tiger Global e Lone Pine Capital, que se juntaram a acionistas como Softbank e Riverwood. Com o cheque de R$ 1,25 bilhão, a empresa tornou-se mais um unicórnio brasileiro.
Onze anos depois do encontro que selou a entrada de Forte e Sancini no negócio, os Estados Unidos estão, novamente, no roteiro da companhia. “Os Estados Unidos são o grande game changer para a VTEX”, diz Forte, CEO da empresa no Brasil, em entrevista ao Conexão CEO (vídeo completo acima).
A companhia começou a alimentar esse sonho americano com mais propriedade no ano passado, como parte de uma estratégia internacional iniciada em 2012. Hoje, a VTEX tem 17 escritórios no exterior, que atendem 3 mil clientes, em 45 países, entre eles, nomes como Samsung, Whirlpool e Carrefour.
Para seguir adicionando pontos a esse mapa, a escala americana é vista como essencial. “Uma empresa estabelecida no mercado americano cria credibilidade global”, afirma Forte. “E facilita que a gente siga expandindo para outras regiões”, diz.
Ele ressalta que fortalecer a presença na Europa é outro desejo para 2021. “O Brasil é conhecido globalmente por ser um grande exportador de commodity”, diz. “E o que essa nossa geração está fazendo é mostrar que também somos grandes produtores de conhecimento.”
No programa, além desse olhar global, Forte fala sobre temas como a operação brasileira, a explosão dos projetos multicanal com a Covid-19, o desafio da VTEX para acompanhar essa demanda, aquisições, a onda de IPOS de tecnologia na B3 e se a empresa enxerga uma janela favorável para seguir esse movimento.